03_ Também amo você.

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Felipe passou o resto da tarde da minha casa, o mesmo só foi embora quando sua mãe ligou preocupada achando que ele havia sido sequestrado.

A mesma não se surpreendeu quando ele disse que estava na minha casa. Ele passa mais tempo aqui do que na própria casa.

Eu terminei de escrever o capítulo daquele dia e fui tomar o meu banho.

Seria estranho se eu dissesse que estou um pouco nervosa? Tipo, meio que ansiosa e com medo? Eu não faço ideia de como vai ser o meu primeiro dia nessa faculdade.

Eu sonhei o meu ensino médio inteiro com esse momento e agora estava apavorada.

Eu nunca fui uma garota muito sociável. Ta, eu tinha vários amigos na minha escola,  mas a maioria só estava comigo porque eu era inteligente. Ou seja, andavam comigo, tiravam notas altas.

Eu estava com medo de não ser assim agora. Afinal, todos que passaram são inteligentes, então talvez eu seja só mais uma lá.

Ok Bruna, para com esses pensamentos negativos. Vai dar tudo certo, esse é o meu ano!

Eu tomei um banho, me arrumei e tomei o meu café junto da minha mãe. Meu pai ainda não havia chegado, ele chegava só a noite. Inclusive o mesmo iria me buscar na faculdade hoje.

- Você vai toda rasgada desse jeito? - Minha mãe perguntou olhando para minha calça que eu havia rasgado. No caso, eu rasguei um pouco e a máquina de lavar fez o resto do trabalho pra mim.

- Não gostou? Você que me deu essa calça. - Dei uma voltinha e sorri pra ela.

- Eu te dei quando ela ainda tinha a função de cobrir as pernas. - Minha mãe falou me fazendo rir.

Eu peguei minha mochila que eu havia deixado em cima do sofá, meu celular e já coloquei meu fone no ouvido. Eu sou uma pessoa movida a base de músicas. Não consigo fazer nada em perfeito silêncio, preciso a todo momento estar ouvindo alguma coisa.

- Toma cuidado ta? E boa sorte. - Minha mãe sorriu.

- Ta. - Assenti e sai de casa.

O caminho que eu cursava para chegar ao centro da cidade era a única rua que descia o morro da minha casa. Era um chão de paralelepípedos e não tinham casas naquela rua, eram só árvores e árvores.

Felipe amava aquela rua por causa disso. Eu que não era muito de admirar essas coisas também achava muito bonito. Principalmente na primavera quando as árvores ficavam coloridas.

  Eu caminhei calmamente até o centro da minha cidade e não demorei muito a chegar na faculdade. A mesma estava toda iluminada e cheia e estudantes andando para cá e para lá.

Eu demorei um pouco até encontrar o meu prédio. Mas graças a Deus eu havia chegado um pouco mais cedo, então não me atrasei.

Quando eu finalmente encontrei minha sala de aula, entrei na mesma e notei que ela era simplesmente ENORME.

A mesma não tinha muitos detalhes, apenas cadeiras com suas pequenas mesas embutidas, um quadro branco a frente e um daqueles negócios brancos de projetar imagem que eu não me lembro o nome.

Dentro da sala ainda não tinham muitas pessoas, apenas umas 6 ou 7.

Eu caminhei até uma das cadeiras perto da janela e me sentei colocando a mochila em cima da mesa.

Enquanto os demais alunos foram chegando, eu permaneci ouvindo músicas e pensando na melhor maneira de fazer o carinha do meu livro pedir a garota em namoro. Essa era uma parte muito importante na história.

O Garoto Da Janela ㅡ DEGUSTAÇÃO Where stories live. Discover now