Zemo era o único que não vinha checar como ela estava, na verdade ele parecia nem se importar que ela estava ali. Sentia-se um pouco frustrada, até porque ele fez todo um drama pra conseguir capturar Amelia e agora ele não dava a mínima para a presença dela. Que tipo de jogo doentio era essa?

For I can't help falling... — Ela cessou a cantoria ao escutar os passos apressados do lado de fora e os murmúrios abafados dos agentes.

Seus olhos estreitaram para a porta de ferro, curiosidade tomando conta de todo o seu ser. Dois deles pararam em frente a sua porta e começaram a discutir em uma língua que ela não reconheceu. E Amelia se viu desejando que eles começassem a brigar entre si e se matassem. Ela riu com o pensamento.

De repente, o alarme começou a soar alto dentro do quarto, o que a fez levar as mãos até os ouvidos e franzir os olhos apertado. A luz vermelha logo começou a piscar lá fora, e ela mais uma vez desejou que os agentes estivessem se rebelando e derramando sangue lá fora. Não custa sonhar, né?

Ao longe, ela escutou o som de explosão e mais agentes passaram correndo pelo corredor. A ruiva arregalou os olhos e levou as mãos até o peito assustada.

— Mas que merda? — questionou engatinhando pelo quarto e deitando no chão, a cabeça presa a fresta da porta em uma tentativa de ver qualquer coisa. Uma outra explosão soou bem perto dali, fazendo a porta e todos os móveis do quarto tremerem. Amelia se afastou da porta e voltou a encolher o corpo no canto da parede, o coração batendo disparado no peito.

Medo. Ela sentia medo. Pois, se não fossem os próprios agentes se rebelando — o que, infelizmente, ela duvidava muito —, alguém estava atacando a Hydra. E se as explosões continuassem, ninguém daria a mínima para a menina presa no fim do corredor. Ela iria ser deixada pra trás. Deixada para morrer.

Um arrepio subiu pela sua espinha ao se recordar da última vez que estava presa, em que explosões ameaçavam derrubar o prédio e que ela podia jurar que morreria soterrada, até que Steve e Sam surgiram.

— De novo não... — murmurou abraçando as pernas e encarando a porta de ferro.

As luzes se apagaram e acenderam três vezes, e tiros richocheteavam nas paredes dos corredores, gritos podiam ser escutados. Quando a luz se apagou e acendeu uma quarta vez, o cheiro de queimado penetrou suas narinas e ela olhou ao redor. Que merda estava acontecendo lá fora?

Um som de metal ecoou pelo corredor na frente da sua porta e Amy prendeu a respiração. Parecia o som do escudo de Steve.

— É só mais uma alucinação — disse tentando convencer a si mesma.

Amelia fechou os olhos com força e encostou a cabeça na parede. Tentando controlar a respiração e pensando em qualquer coisa que não fosse o que estivesse acontecendo atrás da porta de ferro.

— Não posso morrer... — murmurou com lágrimas escorrendo pelo rosto. — Eu preciso voltar pra eles... — Uma granada explodiu perto da porta de ferro e Amelia pulou no lugar, mordendo o lábio inferior e encarando a porta assustada.

Já não ouvia os soldados discutindo lá fora e muito menos os tiros. Morreram todos? Ela esticou as pernas no chão e colocou o cabelo atrás da orelha, examinado a porta e a pequena fresta embaixo da mesma. Passos ecoavam pelo corredor em frente ao seu quarto.

✓ Fix You¹ • Bucky BarnesWhere stories live. Discover now