— Então qual a sua comida favorita, Sra. gosto perfeito? - Ironizo.

Mas o que ganhei foi um olhar totalmente perdido, antes de uma gargalha escapar dos lábios dela. Na minha vida toda, já vi bocas incríveis e que fizeram coisas incríveis, no entanto, não lembro de alguma que fizeram eu querer beija-las só por causa de como ficam em uma gargalhada.

— Eu não faço a menor ideia. - Ela bufa. — Mas eu já te disse que sei todas as músicas da Lady Gaga?

— Já e eu ainda não estou pronto para ouvi-la mostrando todo esse dom. -Zombo. — Hoje você vai comer a melhor pizza da sua vida e tacos também, sem feijão porque meu irmão também não gosta.

— E se eu realmente não gostar da pizza?

Tombo a cabeça para trás, pensando em alguma prenda que valha a pena, mesmo tendo certeza absoluta que ela vai gostar da pizza.

— Se você não gostar, eu como uma beterraba inteirinha, isso é a comida mais odiável do mundo.

— Agora você tem razão, primeira vez que você acerta em algo.

— Tem certeza? - Pergunto sem esconder a malícia. — Não foi isso que uma Chica Caliente falou quando....

— Aí cala a boca. - Ela diz rindo, tampando minha boca com a palma da mão, que obviamente, eu lambi. — mas que chico depravado.

Completa limpando a mão em mim.

— Acho que temos algumas horinhas livres até pedirmos as pizzas.

— Mas ela vai jogar comigo. - Ed diz saindo do quarto. — Não é?

Ele coloca as mãos na cintura, olhando pra ela só para confirmar que ele tem razão.

— Ele também pode jogar, não é? - Ela retruca.

— Mas ele parece míope, não acerta um tiro. - Meu irmão bufa enquanto ligava o videogame.

— E isso seria uma vantagem para nós? - Ela diz escorregando do sofá até parar no chão. — Nós ganharíamos dele fácil.

— Vocês se acham demais. - Murmuro indo para o lado dela. Prontíssimo para ser humilhado por uma criança de 12 anos e uma garota que obviamente chama mais a minha atenção do que o que acontece na tela.

— vocês se acham demais. - Ed me imita com a voz fina, enquanto tenta se enfiar entre eu e a ruivinha.

Ela me lança um olhar divertido por cima do ombro dele, antes de pegar um controle.

— E eu?

— Você espera a gente perder. - Ed responde sem me olhar. É claro que eu esperei uma eternidade para jogar uma partida e morrer em menos de 2 minutos de jogo. Então preferi só observá-los.

Se o Noah visse essa cena, eu seria zoado por toda minha vida. Se eu não fosse eu, eu mesmo me zoaria.

Logo eu permitindo alguém se aproximar tanto de mim e do Ed? Isso nunca aconteceu antes. A babá antiga dele não conta. Ele a odiava.

Franzo as sobrancelhas ao imaginar como meu irmão ficaria quando isso acabar, seja lá o que isso for. Eu também não faço a menor ideia de como reagirei e eu nunca deveria ter deixado chegar tão longe.

Mas eu acho que sou incapaz de querer não sentir o sabor dela e muito menos querer parar de contar os pontinhos das costas dela depois de vê-la se contorcendo debaixo de mim.

— Philipe, é a sua vez. - Meu irmão ergue o controle na minha direção, totalmente impaciente enquanto a Sam estava com um sorriso convencido nos lábios, depois de vencer  a partidas.

Tudo de mimWhere stories live. Discover now