when I look at you

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Todo mundo precisa de inspiração
Todo mundo precisa de uma canção
Uma bela melodia
Quando a noite é tão longa

Porque não há nenhuma garantia
Que essa vida é fácil

Nathan e Mercury entram na casa das Petrelli, jogando suas mochilas no canto e tirando os tênis. Eles deslizam pelo piso de madeira, brincando um com o outro.

— Onde está Venus? — o moreno pergunta, se jogando no sofá.

— Ela foi em Seattle comprar umas tintas — responde Mercury, indo até a cozinha e pegando algumas coisas para eles comerem.

— Sua casa é tão legal — suspira desejoso, observando mais uma vez o cômodo.

A morena coloca tudo na mesa de centro, sentando-se ao seu lado.

— Ela ficaria mais legal ainda com você nela — insinua.

— Já conversamos sobre isso, Mere — Nathan morde o lábio — é complicado.

— Acredite, eu sei — ela desvia o olhar, lembrando-se de sua antiga vida.

— Mas eu não sei — Nathan fica de frente para a morena, que encara ele sem saber o que dizer — eu já te disse tudo. Me conte mais sobre seus problemas.

Sim, quando meu mundo está caindo aos pedaços
E não há luz para quebrar a escuridão
É quando eu, eu, eu olho para você
Quando as ondas estão inundando o litoral e eu
Não consigo encontrar o meu caminho de casa
É quando eu, eu, eu olho para você

— Vivienne... — Mercury faz uma pausa, lembrando-se que ele não sabe de nada — eu e minhas irmãs fomos abandonadas em uma floresta ainda crianças. Vivienne nos achou e nos criou. Ela... — a jovem desvia o olhar mais uma vez — era rigorosa. Muito. E nos obrigava a fazer... coisas.

— Que tipo de coisas? — ele se inclina para mais perto, sua preocupação evidente. Pensamentos de todos os tipos passam por sua cabeça, os piores tomando conta.

— Não do tipo sujas, se é o que você está pensando — ela corrige rapidamente — do tipo... cruéis.

— Físico?

— Sim  — ela hesita — mas porque ela dizia que estava nos mostrando que nossas atitudes sempre terão consequências.

— Que tipos de atitudes?

— Fugas. Ou... contar para alguém — ela é evasiva.

— Ela batia em vocês? — Nathan segura a mão como um consolo.

— Não — nega, mas então se lembra — só uma vez. Era meu aniversário de catorze e eu tentei fugir. Não terminou bem.

Nathan pensa em insistir, mas desiste. Se ele não consegue lidar com seus traumas, como poderia pressionar alguém?

— Eu sinto muito — ele sussurra.

Quando eu olho para você
Eu vejo o perdão
Eu vejo a verdade
Você me ama por quem eu sou
Como as estrelas seguram a lua

Bem ali, onde elas fazem parte, e eu sei
E eu não estou sozinha

— Não podemos mudar o passado  — ela diz, balança sua cabeça de maneira negativa — já o presente...

— Só mais um tempo — Nathan praticamente implora — as coisas estão se acertando. Estou juntando um dinheiro. E eu mal vejo eles, então...

— Você pode ficar aqui, Nathan — Mercury insiste — é sério! Eu e minhas irmãs vamos cuidar de você.

full moon | twilightWhere stories live. Discover now