GRATIDÃO: A DEUS; AOS PAIS; AS FILHAS; AO ESPOSO E AOS MEUS COLABORADORES. Sempre fiz trabalhos de pesquisa e guardei informações da cidade. Desde o ano de 1991,antes da minha 1ª faculdade . Fiz pesquisas sobre a cidade; a intenção era preservar a h...
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Família Totolo:
A SR.ª Alzira D.Totolo, em entrevista no dia 21-04-14 nos disse sobre sua vivencia histórica em Jardim Alegre, então com 57, viúva do Sr. Pedro Totolo, ela nos conta que chegou aqui por volta de 1953,com seis filhos: Cleusa, José Carlos, João Roberto, Valdir, Luiz César, Paulo Sergio, dona Alzira tem 14 netos e 03 bisnetos. O relato de D'Alzira sobre a época foi o seguinte:" quando chegamos aqui estava grávida de cinco meses do meu filho Valdir, não tínhamos casa para morar, quando terminei minha dieta dele meu marido já tinha construído uma casa novinha pra gente na chácara onde moramos por muitos anos, não tínhamos dificuldades financeiras porque meu marido sempre foi seguro, poupava seus recursos, mas as coisas eram difíceis porque não tínhamos água encanada, vez em quando o burrinho que puxava água enguiçava e tinha que ir lavar roupa no rio.
Lembro-me que tinha que lavar vários litros de leite todos os dias sem água encanada porque vendíamos leite no bar. A dificuldade com a água melhorou quando fizeram poço e a água era puxada por bomba"conta. "Não havia água, nem luz, minhas crianças nos ajudavam, o José Carlos entregava todos os dias dez litros de leite no bar antes de ir para a escola e quando voltava pegava o vasilhame para lavarmos para o outro dia. Outro filho levava almoço na roça, quando voltava ia fazer ração para o gado e só depois tomar banho e jantar para estar pronto para a escola no outro dia. Eu lavava roupa dos uniformes deles, guardapós brancos, roupa da roça, tudo na mão, diariamente; tomávamos banho em chuveiros de baldes feitos pelo meu esposo e as crianças em bacias próprias, meu esposo era bom, mas não tínhamos essa de homem cuidar de criança, quando ia levar para igreja cuidava da organização e comportamento das crianças. Meu marido ajudou muito na parte da igreja, era o braço direito dos padres. Ele mesmo foi buscar em Munhoz de Melo, com o padre Tadeu a planta da igreja matriz que originalmente não era tão arredondada nem tão grande. Na época ele tinha uma rural zero km, que usava para servir a fundação da igreja, o Pedro acompanhou cada detalhe de perto." Padre Jorge também contou com muita ajuda do Sr. Pedro. As primeiras televisões que me lembro foram: do Sr. Nando (antigo delegado de polícia), Seu Alzemiro, depois a nossa. A sobrinha de dona Alzira, Terezinha Lopes Jambert, ajudou a lembrar que "há 40 anos atrás a igreja ainda estava inacabada, que foi feita em madeira, depois revestida em concreto. A diocese somente comprou o terreno para a igreja São Paulo Apóstolos depois da saída do padre Tadeu, até então onde hoje é a igreja era o hospital dos pobres e o hospital do Dr. José atendia particular."
Dona Alzira também nos falou do terreno da atual creche, inaugurada este ano. "Aquele pedaço de terra era um bico, ninguém queria comprar, o padre José Martins se interessou para fazer nele a creche, demorou os trâmites, mas o negócio foi fechado em R$80.000,00, dinheiro usado para repartirmos os terrenos restantes com os filhos, divididos em seis lotes, um para cada filho, sorteado, a primeira e que irá vizinhar com a Escola Profº Dilson Teixeira Coelho (nova), ou Escola Jardim Alegre, é a Cleusa, minha filha, que saiu sorteada de início. Alguns filhos já moram lá. Dona Alzira nos revelou que a praça de fronte para a atual escola Dilson Teixeira Coelho recebeu o nome de um de seus netos: "Eduardo Totolo", e a escola (creche) receberá o nome de: "Guilherme de Andrade Totolo", ambos in memoriam.
