Eu tava muito gay, relevem, ela ta mexendo real comigo.

Sofia: Da uma paz olhar pra isso tudo - Fechou os olhos respirando fundo.

Ficamos ali em silêncio apenas observando. Sentei na pedra puxando ela pra sentar entre minhas pernas, ela sentou em silêncio apoiando a cabeça no meu ombro.

Muralha: Ta afim de falar sobre o que aconteceu? - Ela respirou fundo.

Sofia: Minha mãe, se é que devo chamara assim - Sorriu sem ânimo - Me culpa pela morte do meu pai.

Passei uma das mãos em seu rosto colocando o cabelo atrás da orelha, prestando atenção em cada palavra.

Muralha: Suponho que isso não seja verdade - Ela olhou pra mim e depois voltou sua atenção na vista.

Sofia: Bom... eu tinha 9 anos na época, nos íamos uma vez por mês na casa dos meus avós. Eles moravam no interior do Rio, eu lembro que meu pai sempre tentava trazer eles pra mais perto, até morar na nossa casa, mas eles odiavam "cidade grande" - Fez aspas com os dedos sorrindo - Na última vez que ele me levou lá, minha mãe não pôde ir, ela teve que ficar fazendo alguma coisa relacionada a empresa. Meu pai decidiu me levar mesmo assim...

Muralha: Ei... Tudo bem se não quiser falar agora - Passei a mão no rosto dela secando as lágrimas.

Sofia: Ta tudo bem... - Sorriu fraco - Nós passamos um final de semana incrível com meus avós, só que na hora de embora eu não queria ir, eu estava com um pressentimento ruim, sabe? - Concordei - Implorei tanto pra não ir pra casa, que meu pai resolver ficar mais alguns minutos. Resultado: Começou a chover muito, bem na hora que saímos da casa da meus avós. Meu pai dirigia calmamente, ele estava totalmente certo - Começou a chorar mais ainda.

Muralha: Vem cá - Puxei ela pra mais perto, passei meus braços em volta do seu corpo deixando ela colocar sua cabeça no meu ombro enquanto chorava molhando minha camisa.

Sofia: Então... do nada... - Fungou - Um caminhão que vinha no sentido contrário, estava em alta velocidade, ele perdeu o controle por causa do asfalto molhado e bateu no nosso carro. A frente do carro ficou toda amassada, por sorte, na última hora, meu pai conseguiu virar o volante fazendo com que a traseira não levasse tanto impacto. Ele só pensou em mim, ele preferiu me salvar... Eu só lembro de ter dado um grito e tudo apagou.

Muralha: A culpa não foi sua Sofi, ele fez o que qualquer pai faria.

Sofia: Mais se eu não tivesse insistido pra ficar mais tempo lá, nada disso teria acontecido. Meu pai era a única coisa que importava pra mim, única pessoa que me entedia, que realmente me amava - Insistiu.

Muralha: Olha pra mim, eu to aqui agora - Coloquei as mãos no seu rosto uma de cada lado - Você não teve culpa de nada, você era uma criança, ninguém poderia prever o que iria acontecer.

Sofia: Eu não sei no que pensar sobre isso - Balançou a cabeça - Só sei que quando eu acordei naquele hospital e me contaram o que tinha acontecido... eu queria ter ido no lugar dele, eu morri por dentro. Minha mãe me culpa até hoje, como você pôde ver.

Muralha: Ela ta totalmente errada sobre isso, sobre você - Ela deu um sorriso se aconchegado mais em mim.

Sofia: Ela se afundou no trabalho logo depois, esquecendo da minha existência - Disse decepcionada - Quem cuidou de mim desde então, foi a Rosa. Ela aparece só pra dar presentes e festas com meu nome. A fama e dinheiro é tudo o que importa pra ela agora.

Muralha: Ninguém merece isso... uma mãe dessa - Fiz carinho no cabelo dela.

Sofia: Obrigada, por me salvar... De novo.

Muralha: Tamo junto mandada, eu vou estar sempre aqui por você - Ela me olhou sorrindo.

Sofia: E seu pai? Como ele era?

Muralha: Eu não me lembro muito dele, eu era muleque quando ele se foi. Bom... ele morreu em uma invasão. Uma morro que era inimigo invadiu no meio da madrugada. Pegou todo mundo de surpresa sabe? - Ela concordou prestando atenção - O pouco que me lembro, e o que minha Mãe conta também - Umedeci os lábios - Ele era um cara incrível, amava ajudar as pessoas, era simples, humilde.

Sofia: Pelo brilho nos seus olhos quando fala dele, com certeza era mesmo. Acho que se isso tudo não tivesse acontecido, talvez nossos pais pudessem ser bons amigos - Concordei olhando nos olhos dela - Enfim... - Ficou de pé arrumando a roupa - Preciso achar um hotel, não vou voltar naquela casa.

Olhei pra ela cima baixo sentindo uma parada maluca por dentro. Levantei assim que pensei numa coisa ridiculamente doida.

Muralha: Posso te fazer uma proposta maluca? - Ela concordou franzindo a testa - Vem morar comigo?

Que porra eu to fazendo??

Ela me olhou sem reação e logo com um cara de surpresa sem entender absolutamente nada.

Sofia: Mais é o que?! - Disse quase gritando e eu dei de ombros - Você é maluco! - Deu uma gargalhada gostosa.

Muralha: Eu sei que é maluco, mais "eu estou olhando bem pra minha outra metade", agora... - Olhei em seus olhos.

Cheguei mais perto dela colando nosso corpos, ela deu um sorriso sem acreditar no que eu tava falando.

Sofia: Você tem certeza disso?

Muralha: Eu nunca tive tanta certeza em toda a minha fudida existência - Ela colocou os braços ao redor do meu pescoço me dando seu melhor sorriso.

E foi aquele sorriso, aquele maldito sorriso, que fodeu com tudo aqui dentro.

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Podem surtar, eu deixo kkkkkkkk

Muralha ta realmente apaixonado?
Sofia vai mesmo morar com ele?
Casalzao da porra????

To pensando em fazer uma playlist, querem?

Welcome to AlemãoWhere stories live. Discover now