Capítulo 8

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Meu coração acelerou, parecia que saltaria pela minha boca a qualquer momento. Engoli seco.

-Ouvi as meninas falando no quarto céu, que a Bia arrasta uma asinha pra Gi, e ta afim de ver se ela resiste ou se cede. Melhor ficar de olho. - Gargalhei. - Surtou, Rafaella?

-Gi NUNCA ficaria com a Bia. - Continuei gargalhando.

-Mas eu não falei que a Gi teria a iniciativa. - Manu me olhou preocupada.

Meu riso parou na hora. Bianca é uma mulher atraente, eu e ela tivemos nossas desavenças no começo do programa por fatos de um passado que um dia foram cruzados (maldito Paris 6) e viramos completas inimigas, mas, por mais que eu confie na Gizelly, não confio na Bianca, sei que em um momento de descuido, ela não pensaria duas vezes antes de beijar Gizelly. Suspirei.

-Eu vou tentar descobrir mais alguma coisa, mas você sabe que as meninas não falam muito perto de mim por causa de você... Vou fingir dormir hoje à noite, e vejo se escuto mais alguma coisa. - Acariciou meu braço. - Titchela jamais trocaria você.

-Se você "fingir dormir" - Fiz aspas com os dedos no ar. - A Olga dorme de verdade, Manu. - A pequena riu.

-Porcaria de idosa que em mim habita. Mas eu vou tentar.

Assenti, e ficamos ali por um tempo, papeando. Até ouvirmos Gizelly nos chamando na porta do quarto do líder. Manu falou que buscaria uma blusa no quarto céu e já nos encontrava, assenti e comecei ir em direção da capixaba.

Ela havia tomado banho, estava com os cabelos molhados jogados para um lado só, e... A minha camiseta longa. Abusada. Ri sozinha ao perceber.

-Que isso, Rafaella? Rindo sozinha, eu em.

Parei em frente de Gizelly, dando pequenos passos para frente, fazendo com que ela entrasse no quarto de costas. Entramos, fechei a porta.

-E Manu? - Perguntou.

-Já vem.

Observei aquela linda mulher em minha frente e não me contive, coloquei as mãos em sua cintura, a trazendo para mais perto de mim, sorriu. Selei nossos lábios, em um beijo cheio de paixão e desejo. Gizelly passou os braços pelo meu pescoço, me abraçando e aprofundando nosso beijo. Com as respirações já ofegantes, desci minhas mãos até as coxas dela, a trazendo para cima, como se sentasse em meu colo, suas pernas me abraçando. A encostei na parede do quarto, levei uma de minhas mãos até sua nuca, puxando seu cabelo. Separei nossos lábios, e desci minha boca lentamente até seu tórax, depositando ali vários beijos.

O coração dela estava completamente descompassado, a respiração ofegante sincronizada com a minha, a pele toda arrepiada, a cabeça caída para trás. Subi beijando seu pescoço.

-Por que está com a minha roupa? - Perguntei entre suspiros e beijos. Mordeu o lábio inferior.

-Queria sentir teu cheiro. 

Sorri vitoriosa. Então, Gizelly sentia falta do meu cheiro?

Voltei a mão para suas coxas, dando um pequeno tranco para cima, fazendo com que ela se ajeitasse em meu colo novamente. Levei as mãos um pouco para trás, apertando sua bunda. Gemeu baixo. Eu queria aquela mulher, ali e agora.

Gizelly beijou meus lábios, com urgência. Queria o mesmo que eu e queria me mostrar isso. Mas, novamente, nossos planos foram interrompidos por batidas na porta. Deixei alguns selinhos nos lábios de Gizelly e a coloquei no chão, ainda ardendo em paixão, talvez ela também estivesse.

Abriu a porta e Manoela entrou, encarando nós duas novamente.

-Será que vocês nunca vão aprender a usar esta merda? - Pegou uma meia no chão, com raiva.

Maravilha te AmarOnde as histórias ganham vida. Descobre agora