𝘾𝙝𝙖𝙥𝙩𝙚𝙧 𝙤𝙣𝙚

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Any Gabrielly's Point of view
Anos depois...

Orange, Califórnia - Estados Unidos
17h27min.

Amor...

Uma palavra com quatro letras que tem um significado imenso a ponto de mudar vidas ou destruir vidas.

Existem muitas formas de amor; amor de irmãos, amor romântico, amor por seu bichinho de estimação, amor por bens materiais e o amor mais forte que eu tive o prazer de sentir, o amor materno.

Quando eu era menor, me perguntava o quanto uma mãe poderia amar o seu filho. Seria o mesmo amor que eu tinha pelo bolo de chocolate no café da manhã? Ou seria o mesmo amor que eu sentia pela minha boneca favorita na época, Meg.

A exatos cinco anos eu tive o prazer de obter a resposta da maior e mais longa dúvida que eu já tive em minha vida; no dia do nascimento do meu adorável James.

Não irei romantizar o parto porque o meu foi infernal. Quinze horas de parto, muitas dores, inseguranças, choro, medo e mais inseguranças. Se não fosse pela minha mãe ao meu lado, creio que não teria conseguido trazer o meu pequeno ao mundo.

Quando eu ouvi o seu choro preencher a sala de parto que antes era preenchida com os meus gritos de dor, fez parecer que todas as dores nas costas, nos pés, quilos ganhos, enjôos, desejos em horas inusitadas, a dor do parto e toda a dor que eu havia sentido no momento que eu sentia minha vagina rasgando pareceu ter valido apena.

Nos primeiros dois dias no hospital foram maravilhosos, eu realmente achei que poderia me acostumar com a nova etapa da minha vida; ser mãe de um pequeno ser humano indefeso. Mas esse conto de fadas foi desmanchado no primeiro dia em que James e eu fomos para casa.

Fraudes sujas espalhadas pelo quarto que tinha as cores azul bebê. Cólicas incessantes, desespero por não saber o motivo do seu choro estridente, banhos desajeitados e o pior de tudo: tudo isso sozinha, sem nenhum marido ou meus pais para me ajudar.

No dia que saí do hospital minha mãe me disse as seguintes palavras que jamais foram acabando com meus contos de fadas: "Pode me ligar a qualquer hora caso Ian estiver chorando mas eu não poderei ficar com você pois Ian é seu filho, você é que tem que aprender a lidar com ele."

E assim foi, eu aprendi a lidar com ele, sabia quando estava com fome, quando estava com cólica, quando sua fralda estava suja ou quando estava querendo a sua chupeta.

Eu agradeço muito minha mãe por essas palavras, elas me deram forças para eu querer cuidar e prestar muito mais atenção no meu filho. Mas, como nem tudo na vida são flores, quando James tinha um ano de idade, minha mãe faleceu, ela teve uma parada cardiaca e não aguentou. Eu me senti completamente sozinha, sem ninguém, mas tinha as minhas meninas do meu lado, em todo instante.

Tive que arranjar um emprego e mudar para uma casa menor, para conseguir pagar o aluguel. Consegui um emprego de garçonete em uma lanchonete pequena aqui da cidade. Ela é bem movimentada, então isso resulta em cansaço no fim do dia, muito cansaço. Mas sempre tenho que tirar um tempo para James, ele sempre está muito ativo no seu dia a dia. Mas eu amo passar um tempo com ele, ele me alegra com aquele sorrisinho que eu amo tanto.

- Mamãe! - sinto algo pesado em cima de mim. - acorda!

Abro meus olhos com dificuldades e me deparo com James animado. Com seus olhos verdes que brilhavam tanto, seus cabelinhos escuros e seu sorriso, que tinha pequenos dentes.

- Vamos tomar café! A titia Shiv trouxe o café! - Ele diz sorridente.

- Eu já vou, amor. - Digo levantando e sentando na cama. - Você pode me esperar junto com a sua tia? Vou tomar um banho. - Digo coçando os olhos.

─ 𝐀𝐋𝐖𝐀𝐘𝐒 | 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐥𝐞𝐭𝐞𝐝Where stories live. Discover now