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Travis

Havia alguns minutos desde que moça tinha saído, carregando consigo sua beleza e a criança sorridente.

ㅡ Ao menos conseguiu?ㅡ Arqueei uma sobrancelha com a voz de Larry, me varrendo do lugar que minha mente tinha ido.

Aquela moça...

ㅡ Não...ㅡ tento disfarçar o desapontamento da voz.ㅡ ela nem me disse seu nome. ㅡ ele riu, recebendo meu olhar fuzilante vomo resposta. ㅡ Vamos pra casa, idiota. Vou dormir a tarde toda e, dessa vez, quem me acordar irá se sair muito mal.

Ele revirou os olhos diante da ameaça, me acompanhando até o carro para irmos embora dali.

Larry fez o favor de ficar calado e se contentou em se deitar no sofá e assistir filme até que a noite chegasse, enquanto eu havia ido para o quarto, pronto para me entregar por completo à Morfeu, o deus do sono.

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Mesmo que a minha vontade fosse jogar para o alto as obrigações de meu pai, dadas à mim, eu não era louco ainda o suficiente para isso.

Ao sair do quarto, já pronto e devidamente vestido, Larry já me esperava. Noto qur ele digitava algo no celular, mas guardou assim que me viu chegar.

ㅡ Vamos?ㅡFez cara de tédio. ㅡ Demorou de acordar, princesa.

Revirei os olhos abrindo a porta e o ignorando. Era o mais racional à se fazer.

Meu tédio era quase tão palpável quando a animação de Larry. Pois, ao contrário de mim, ele parecia gostar das exposições.

Estacionei o carro no lugar de sempre, já acostumado com o barulho e a movimentação da casa de festas.

Entrei sem me preocupar com os seguranças, que nem mesmo olharam para meu rosto com desconfiança. Eles não eram loucos de me barrarem ali, não quando eu era o herdeiro daquela porcaria.

Meu nariz se torce com o cheiro de fumo e bebida alcoólica. Não que eu não gostasse, mas tudo naquele lugar era repugnante, se não o dinheiro.

As pessoas se submetiam nele por que queriam, isso se tornava ainda pior.
Passo os olhos pela boate, o gesto me fez ver meu pai sentado com vários outros caras ridulamente bem vestidos, diante do lugar em que estavam, e mulheres, com roupas que não deixavam quase nada para a imaginação, à sua volta. Em contraste com os empresários que as apalpavam.

Urgh.

Sinceramente, a minha reputação não era das melhores, mas nunca havia se dado o lugar de estar ali com eles. Como se fizesse parte daquele jogo ridículo de homens cheios da grana e tédio, além de fetiches ainda mais estranhos.

As mulheres com quem me deitavam nunca haviam passado por ali. Não que fossem melhores ou piores, mas porque nenhuma dali aceitaria se deitar com ele sem esperar algo em troca.
Elas queriam uma recompensa por se deitarem com o filho do chefe... uma exclusividade.

E eu odiava ter que pensar nisso. Pensar que meu pai estava metido nisso.
Pensar em pagar por algo que conseguia de graça, apenas com alguns flertes e sorrisos trocados.

Talvez, quando seu pai morresse e ele herdasse aquilo, acabaria com o lugar apenas para ter a satisfação de pôr fim àquilo como se não fosse nada. No momento, não estava à seu alcance.

Me sentei vendo já Larry escolher quanto iria gastar essa noite. Ao contrário dele, o amigo gostava de pôr suas cartas na mesa.

ㅡ Vai comprar uma noite hoje?ㅡ Me cutucou, mais uma vez, na sua tentativa de sempre de me fazer gastar um único centavo naquele jogo.

Uma Simples Atração ( Revisando)Where stories live. Discover now