- Rafe, vê se você da um jeito nessa sua namorada psicopata! - Susan esperneou, saindo do círculo seguida de suas amigas. Os demais que assistiam gritando e rindo da situação.

- Pessoal, o show acabou! - Rafe gritou. Chloe sentiu a vibração de seu peito que estava pressionado contra suas costas. - Eu disse que acabou. Vamos, fora! Saiam daqui.

E em alguns segundos, todos tinham saído de perto do casal. Chloe ainda estava nervosa. Rafe tinha chego e atrapalhado o ápice da briga. Chloe iria para cima da babaca da Susan.

- Chloe, que merda foi essa, hum? - Rafe segurou o antebraço da garota com força, sua pupila dilatada encarando firmemente os olhos da loira.

- Estava tirando essa história a limpo. Até você me atrapalhar. - Tentou puxar o braço, mas sem sucesso. O garoto apenas apertou ainda mais.

- Você é completamente louca, Chloe! - Rafe esbravejava. - Louca.

- Você me trai e eu que sou a louca aqui, Rafe? - Chloe questionou. Ela sabia que aquilo poderia acabar mal, mas não se importava. Estava bebada e brava de mais para se importar com alguém que não fosse ela mesma.

- Quem te disse uma besteira dessa, Chloe? - Rafe perguntou. Sua mão ainda segurando firme o braço garota a impedindo de se mover. - Posso saber quem foi? Porque essa pessoa está mentindo.

- Qual é Rafe, nós dois sabemos que isso não é impossível de acontecer. E já aconteceu outra vez.

Rafe estava drogado, percebeu assim que ele a pegou pelos cabelos da nuca e a puxou para mais perto. Seu nariz estava vermelho e com resquícios de pó. Chloe estremeceu.

- Quem te disse isso? - Perguntou. Chloe se manteve em silêncio. - Quem Chloe?!

- JJ. - Finalmente falou quando a dor começou a fazer efeito em seu corpo.

- Aquele pogue nojento? - Rafe riu seco. - E você acreditou nele? Porque?

- Porque ele mentiria? - Chloe rebateu.

- Porque assim como metade dessa cidade, ele quer te comer.

Com isso Rafe finalmente soltou a garota, que grunhiu de dor. Seu punho estava vermelho e seu couro cabeludo latejando. Observou o garoto sair do seu campo de visão chutando e socando tudo o que via pela frente. Ela sentia dor, mas apesar de tudo, se sentia corajosa por confronta-lo pela primeira vez.

Antes de voltar para casa, foi até a cozinha que ela não sabia de quem era e bebeu três copos de água gelada, na tentativa de se livrar dos trejeitos de bebada e do mau hálito.

- Filha? - Diana perguntou quando ouviu alguém abrir a porta de casa. Viu Chloe entrar cabisbaixa. - O que houve?

- Nada demais, mãe. - Chloe respondeu, sorrindo de leve para a mãe que estava sentada em sua poltrona branca de couro e lia um livro sobre moda com seus óculos de grau. Diana cerrou os olhos e se levantou indo em direção a filha, seu vestido longo encostando no chão de madeira.

- Você pode me falar tudo, amorzinho. - Diana abraçou a filha e depositou um beijo em sua testa. - Eu não sou que nem o seu pai, você sabe disso.

Quando se separaram, os olhos de Chloe estavam marejados.

- Rafe. - Falou baixo mostrando a marca que ele havia deixado em seu pulso. Diana observou o machucado com olhos arregalados. - Mas nem precisa fazer nada, mãe. Você sabe como o papai é em relação a isso.

O coração de Diana se partiu ao ouvir aquelas palavra da boca de sua própria filha. Ela não aceitaria homem machucando a sua filha de jeito nenhum. Mas ela também sabia que nesse caso não era tão simples assim.

Euphoria | JJ MaybankOnde histórias criam vida. Descubra agora