Capítulo I - Zona de Conforto

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Rélou, o último omi saiu, a final é feminina, fui eu que pedi sim 💅🏼

Melhor que isso só se a final fosse GiRaNu

Enfim, aproveitem o capítulo 🥁

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Ela tentou.

Ela até que tentou, mas, naquele dia, ela perdeu. 

E ela sabia disso.

Trocou as sacolas que trazia consigo da mão direita para a esquerda e alcançou o molho de chaves no bolso traseiro da calça.

Depois de encontrar a chave certa, cuidadosamente a inseriu na fechadura, buscando fazer o mínimo de barulho possível, para não denunciar a sua chegada tardia. Adentrou a residência, que se encontrava em silêncio absoluto e se virou para fechar a porta, torcendo para as dobradiças não rangerem. E conseguiu. Mas o sentimento de vitória logo lhe abandonou.

— Está atrasada — constatou a voz fatídica que vinha detrás da ilha da cozinha.

Ainda de costas, a mulher suspirou; foi pega no flagra. Pressionou os olhos fortemente e sorriu para si mesma, aceitando a derrota.

— Culpada — admitiu, virando-se de frente. — Mas eu sabia que corria esse risco, então para me redimir, eu trouxe vários trem gostosin pro nosso café.

— Não sei não, parece falso — respondeu brincalhona, batendo o indicador no queixo.

— Não sabe? — A loira perguntou falsamente indignada, se aproximando da menina de cabelos curtos e lisos. — O quê me diz disso aqui, então, ein? — questionou esvaziando as sacolas sobre a ilha e revelando um saco de pão de sal, suco natural, um pequeno bolo de cenoura com chocolate e alguns donuts.

— Hm, esse cheiro é o que eu tô pensando? — indagou de forma embolada uma outra voz vinda do corredor ao lado da cozinha. Poucos segundos depois, a dona da voz se fez presente na cozinha, uma jovem de aparência idêntica a da outra menina, se não fosse pelos curtos, porém cacheados. — Aquele pão quentinho… — comentou ao avistar o saco de pão sobre a ilha.

— Chega a manteiga derrete — completou a outra gêmea.

— A mamãe se atrasou, né? — perguntou, tirando a escova de dentes da boca, e recebeu um aceno de cabeça da irmã em confirmação. — Eu sabia que essa festa ia render — concluiu rindo.

— Dora, o que a sua mãe já falou sobre escovar os dentes fora do banheiro? Na próxima vez que ela te pegar fazendo isso, eu não vou me intrometer. — Rafa chamou a atenção da filha, mas sem ser rude. — Anda, volta já pro banheiro e depois vem tomar café com a gente.

— Ela tá certa? — Manu perguntou receosa, ao qual Rafaella respondeu com expressão confusa de quem não havia entendido a pergunta. A verdade é que quando ela estava com a família, o resto do mundo deixava de existir e ela não conseguia pensar em mais que não fosse as quatro pessoas mais importantes de sua vida. E para as meninas… Bom, elas tentavam levar num tom descontraído o novo “estilo de vida” de Rafaella, e na maior parte do tempo conseguiam, mas no fundo, aquilo as afetava mais do que gostariam de admitir, pois tudo que queriam era sua família unida novamente. — Cê sabe… A festa rendeu?

— O que cê quer que eu fale? — Deu de ombros. — Sempre rende alguma coisa, mas ainda não foi dessa vez que rendeu o que eu tô procurando de verdade.

— Às vezes é porque você tá procurando no lugar errado, né.

— Cê sabe que não é simples, não...

Separadas pelo Casamento | GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora