Capítulo 05 - NEM TUDO VEM DE GRAÇA

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Sinto-me lisonjeada com tamanha natureza aos meus olhos. Não teria nenhum problema em viver perto do mar, rodeada dessa calmaria, com uma vista imensa do sol indo embora e voltando logo cedo no dia seguinte.

Cheguei a conclusão que à vida se torna mais bela com as pequenas coisas que a mesma nos proporciona.

Os dias não foram fáceis para mim, mas ainda sim, me dediquei fielmente. Minha motivação veio do momento que percebi das coisas grandiosas que posso fazer por todos aqueles que estão comigo, principalmente com a minha pessoa.

— Já se passaram os 5 minutos. — Ouço a voz da minha parceira aproximando-se.

— Eu percebi. — Respondo-a. — A volta sempre é a mais cansativa. — encaro a morena de cabelos amarrado em um rabo-de-cavalo.

— Sem dúvidas, mas precisamos irmos. Já está escurecendo.

Concordo com a mesma, caminhando ao seu lado.

— Andrew foi me procurar na faculdade. — Puxo o assunto que não é mais doloroso, apesar de ser recente.

— O que sentiu quando o viu?

— Sendo sincera... — Pauso ao lembrar da noite do acontecido. — achei que fosse sentir um alívio, raiva, desgosto ou algo parecido. Mas...não sinto mais nada por ele. O que é muito estranho. — Concluo, pensativa.

— Você não gostava dele. — Expressa sinceridade. — Quando gostamos, amamos ou sei lá...sentimos algum tipo de sentimento por alguém, não esquecemos rápido. Principalmente quando acontece uma traição.

De certa forma, meu subconsciente está feliz por essa relação — se é que posso considerar uma relação — ter chegado ao fim.

— E quanto ao senhor Lombardo? — Consigo observar a troca de tom e humor de minha amiga. E infelizmente sinto uma pontada ao ouvir esse nome toda vez que é mencionado. O que me deixa furiosa.

— O que tem ele? — Respiro um pouco mais forte.

— Não entrou em contato?

Antes de responder a essa pergunta, paro a caminhada.

Abaixo-me para fazer um novo laço no cadarço que estava solto.

— Não vejo motivos para manter algum tipo de contato com o mesmo. — Afirmo, voltando a andar. — As feridas estão cicatrizadas. As dores sumiram de vez. E aquele incômodo na coluna desapareceu.

— Não refiro-me à você, mas ele. —Complementa.

— Não faz o mínimo sentindo, Lucy! — Elevo um pouco o tom da voz, arrependendo-me no mesmo momento. — Lombardo é uma pessoa ocupada que tive o desprazer de conhecer.

— Será mesmo? — Arqueia a sobrancelha. — Você me parece nervosa. E o exame?

— Está marcado para o final do mês que vem. — É tudo o que consigo responder após a sua afirmação.

— Quer que te acompanhe?

— E seu trabalho?

— Irei bolar algum plano, tenho tempo para fazer isso. — Diz maldosa, enquanto outros atletas passam por nós. — Mudando um pouco o contexto e deixando o meu humilde comentário que vai lhe deixar ainda mais nervosa. — Pausa. — ele ainda vai te procurar.

— Lombardo? — A olho.

— Sim.

O que poderia realmente pensar sobre isso?

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