🍉 o sol mandou abraços quentinhos! 🍉

24 5 1
                                    

já era tarde da tarde. o sol mandava abraços quentinhos para a lua que vinha ao longe substituí-lo em seu árduo trabalho de iluminar quem quer que esteja precisando de seu brilho. e enquanto a dona da noite assumia o lugar do astro, kim jiwoo pedalava com tanta velocidade que os planetas se entreolhavam de longe, temendo que um importuno acontecimento lhe atinja. mas tudo correu bem como haviam programado.

a pequena se apressou em retirar sua mochila pesada das costas - precisava livrar-se o mais rapido possível daquele peso sem tamanho, afinal, carregar a felicidade de ha sooyoung nas costas não era fácil como achavam -, estendendo a grande toalha de mesa com pequenas pinturas feitas a mão de planetas e estrelas por boa parte da grama verdinha. após checar se nenhuma formiga intrusa tinha roubado seus docinhos, espalhou toda comida que havia trazido pelo chão, as ajeitando toda vez que batia o olho e via uma coisinha mínima fora do lugar para que fique tudo perfeito. era sempre assim; quando se tratava da morena com o sorriso que brilhava mais que o próprio sol, ela sempre dava seu jeitinho de fazer com que tudo se encaixe perfeitamente, assim como sooyoung encaixava seu rosto no pescoço de jiwoo ao dormirem juntinhas, ou quando as bocas se encontravam sem precisarem fazer esforço algum.

afinal, já não eram mais hospedes no coração uma da outra. tinham se tornado anfitriãs daquela festa de sentimentos regados a sorrisos carregados de amor já havia muitíssimo tempo.

seis anos, para ser exata.

o piquenique preparado a base de sorrisos ao vento - vento esse que por vezes atendia por ha sooyoung, se chamasse direitinho - não era atoa; havia, sim, uma ocasião especial. na verdade, toda ocasião com sooyoung era sempre especial. porém, essa tinha uma data; uma lembrança; um sentimento e um sentir tão grandes que inundava o peito das duas bobinhas.

elas eram assim, e batiam no peito para assumir que sim, era verdade o que as estrelas sussurravam nos ouvidos atentos da lua e daqueles que tiravam um tempinho para olha-las; eram bobinhas uma pela outra. nem se negassem até a morte sairiam ilesas dessas acusações. porque, nem a morte se atrevia a meter um dedo na relação mais-viva-impossível das duas.

e já haviam se passado seis amorosos anos desde que entraram uma na vida da outra sem pedir a devida licença, esbarrando corações que juravam ser impenetráveis e tropeçando em sentimentos confusos cheios de curiosidade. e desse jeito desengonçado e atrapalhado mesmo, foram se encontrando em si mesmas e se ajudando na arriscada jornada que era conhecer e enfrentar seus sentimentos mais profundos, guardados a mais de sete chaves e enterrados no cemitério de imperfeições infindáveis.

agora estavam ali, dividindo lágrimas e sentimentos maiores que seus próprios corações, enquanto desfrutavam de seus preciosos bolinhos de chuuv[es]a e canela.

e foi naquele fim de tardinha regado a risos estelares e beijos com gosto de universo que jiwoo se deu conta do quão egoísta sooyoung era por carregar todos os sóis naquele sorriso.

You've reached the end of published parts.

⏰ Last updated: Apr 18, 2020 ⏰

Add this story to your Library to get notified about new parts!

⟶ a lua cochicha sobre nós. 🍉 ᶜʰᵘᵘᵛᵉˢWhere stories live. Discover now