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Está inseguro com sua história, achando que ela "não é boa o suficiente"? Ou simplesmente buscando uma opinião sincera? Com o objetivo de of...
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Para os amantes de romances mais preguiçosos, O Som do Amor pode ser a história perfeita para você. A história tem 16 capítulos, mas todos curtos. É possível terminar a história em um único dia.
Esta leitura me rendeu um mar de pesquisas em busca de embasamento para que eu pudesse criticar a obra, pois o enredo inteiro foi um baque muito forte... Então, vamos começar!
O Som do Amor é uma história fofa que sai dos parâmetros que estamos acostumados. Nosso narrador-protagonista é um universitário solitário que conhece a garota que mudaria toda a sua pacata vida, no entanto, esta garota é deficiente auditiva - a autora tentou fazer suspense, mas é algo que você deduz até mesmo na sinopse. (Adorei a representatividade, à propósito)
Belíssimo na teoria, porém, me desculpe, deixou a desejar na execução...
Os problemas com a narrativa começam logo no primeiro capítulo com a frase "não é sobre mim que você vai ler", dita pelo próprio narrador. Pensei "muito interessante...", mas me decepcionei profundamente. A história acaba não sendo de nenhum dos dois personagens, porque não há um aprofundamento! Descobrimos o nome do PROTAGONISTA apenas no capítulo 7. Sério?!... E eu não faço a menor ideia de como ele é, mesmo tento lido 2 vezes.
Já sobre Amara, nossa personagem surda, sabemos apenas alguns aspectos de sua aparência e sobre a doença que ela acaba desenvolvendo. O que é muito triste... Se a história é supostamente sobre ela, por que não temos todos os detalhes sobre a pessoa que ela é? Boas histórias são feitas de personagens que podemos enxergar seu interior, pois nos identificamos com eles e sentimos tudo o que eles sentem.
Ao ler pela primeira vez eu achei muito interessante o conceito de capítulos curtos, pois há muitas formas legais de trabalhar um livro com limite de palavras por capítulo. Na segunda lida, cheguei a pensar que a história foi um experimento da autora, onde ela não sabia muito bem o que fazer e escreveu despreocupadamente, apenas por diversão, já que os capítulos não têm uma métrica a ser seguida. Ao analisar isso, penso que foi o que destruiu a história, pois a autora não encontrou espaço para desenvolver melhor as relações com os personagens, mas quis manter os capítulos curtos.
(Fazendo um adendo a quem quiser se desafiar a trabalhar com capítulos com limite de palavras: há uma história no Nyah Fanfiction que li em 2017 que segue esse conceito, se chama "Crônicas de um assassino", escrito por Ahelin) [Link no comentário desse parágrafo]
Mudando de tópico, há também o ponto da Amara ser surda e isso ser mal aproveitado do ponto de vista do enredo. Eles passam o livro todo conversando por forma escrita e a gente nem sabe como ela se sente em relação a isso. O narrador poderia muito bem ter dado um jeito de aprender alguma coisa pra impressionar ela, mas só vai começar a aprender libras no último capítulo.
Talvez a autora quis inovar mas não tinha referências para usar isso em um livro, então aqui fica a minha sugestão: O filme Koe No Katachi (A Voz do Silêncio), animação japonesa de 2016 que vai mexer com seus sentimentos.
Ademais, a história precisa de uma boa revisão. Há erros de concordância, acentuação e pontuação. Mas acho que isso foi bem apontado no livro de resenhas da Bruna Boebel (SargentoBoebel), "As Resenhas do Jovem Werther".
Minha opinião final: a história tinha grande potencial de ser uma obra maravilhosa, mas, me perdoe, não fui tocada... Assim como a vida de Thomas antes de conhecer Amara, é sem sal e sem tempero. Espero que não se aborreça com minha resenha e que possa tirar o máximo de proveito para obras futuras.
Nota: 3/10
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