- "Eu quero uma amizade assim!" - ela diz manhosa e rimos.

- "Eu divido a Bruna, mas nada de furtos!" - ele diz abraçando a pequena mulher, a mais linda que eu já vi.

Adentramos o local e vejo o recepcionista jogando seu charme para Bruna, que atirado!

Meu desejo era jogar seu sorrisinho, piadinhas e olhares para a porra de um caralho...

Fiz questão de ser o último a passar e lancei um olhar mortal pra esse carinha com o sorrisinho solto, Bruno percebeu e riu, eu continuei indignado!
Estávamos saindo do elevador, e Bruna abriu a porta do seu quarto, estava organizado, não que eu tenha reparado muito, meus olhos estavam nela... Essa mulher mexe comigo!

Bruna foi até o outro "cômodo" onde tinha espaço para roupas, e logo após foi ao banheiro, e ali eu vi os frascos de medicamento... Não, não, não!
Eu conheço esses remédios, eles são tratamento, mas ali teria dose suficiente para acabar com sua vida em segundos, eu infelizmente entendo muito desses medicamentos.
Eu me sinto mais no dever de estar perto, de ajudá-la!

Nós três olhamos pra ela, a mesma está com os olhos marejados, parece estar em uma luta interna!

- "Bru?" - Bruno diz com uma certa mágoa na voz.

- "Desculpa!" - ela diz baixinho. Eu quero proteger ela.

- "Calma, Bru! Está tudo bem, vamos conversar!" - Mirela diz tentando acalmar ela, e Bruno chora descontroladamente.

- "Você pensava em me deixar também? Você pensava em me abandonar pra sempre? Eu já tive que perder tanta gente, inclusive seus pais que me acolheram em um dos meus momentos mais difíceis... Por que você pensou em fazer isso?" - ele diz ríspido, vou precisar interferir, Bruna chora, ela parece estar sem chão.

- "Chega, Bruno. Me deixem com a Bruna! Mirela, acalme-o, antes que ele diga algo que faça se arrepender mais." - eu digo no mesmo tom que Bruno, sei que ele está nervoso, mas isso não ajudará Bruna.

- "Eu pensei em você sim, mas eu não tenho mais forças... Não é fácil pra mim também! Eu tenho apenas você e minha avó, até o que dizia me amar e que sempre esteve comigo me deixou!" - ela diz sendo direta com Bruno... Será que essa pessoa que ela cita foi um namorado? Sinto um aperto com esse pensamento.

- "Eu sei que ele não esteve no seu momento mais difícil, mas eu estava, Bru! E, agora, você quer me deixar, você ia fazer isso, eu sei que ia... Se não fosse fazer, por que iria trazer os remédios?" - ele diz chorando.

- "Eles fazem parte do meu tratamento!" - ela diz, mas isso não funciona comigo. Esses medicamentos são o "tratamento" para a morte, a preparação...

- "Você pensa que eu sou burro?" - eu queria muito responder por ela, mas me contive.

- "Eu já falei que chega, Bruno! Eu vou conversa com a Bruna, e depois que estiver mais calmo, espero que veja o que está fazendo!" - eu digo olhando pra Bruna que chora.
Mirela saí com Bruno, e eu estou aqui, com Bruna.

- "Ei, Bru!" - digo e ela me olha - "Eu sei que você quer ficar sozinha, mas sei que se eu o fizer, você fará uma coisa que planeja..." - eu digo já sabendo o estado que ela está.

- "Eu não posso negar isso a você, é difícil demais. Eu não tenho alegria, eu não tenho paz, eu não tenho vida..." - ela diz chorando.

- "Calma, eu estou aqui. Eu já passei por isso e, se você permitir, eu quero te ajudar, quero cuidar de você..." - eu digo como amigo, sem segundas intenções, o que ela menos precisa agora é de alguém paquerando ela.

- "Como? Não tem nada que me ajude, nem minha avó conseguiu isso. E eu sou tão péssima que a deixei sozinha, se algo acontecer com ela eu vou me sentir mais culpada..." - ela diz se levantando, parece que imaginou algo com sua avó.

- "Ei, meu anjo. Calma, respira! Podemos ligar para ela, a trazer pra cá... Mas antes, vamos cuidar de você." - eu digo preocupado.

- "Você não entende, Felipe. Nada pode me ajudar, uma psicóloga perdida em seus próprios pensamentos, sem rumo, sem forças, sem acreditar na própria profissão, sendo uma hipócrita nas entrevistas, sendo uma egoísta na vida, abandonando assim como eu fui abandonada. Eu não suporto mais, eu já suportei muito sozinha!" - ela diz em prantos. Sinto meu peito apertar.

Puxo-a para um abraço, apertado, aconchegante, que transmite preocupação e amor.

- "Você me tem ao seu lado agora, nunca vou te deixar sozinha, só... Só me deixa cuidar de você, eu prometo que vou tentar ser uma boa companhia!" - digo a última parte com uma voz engraçada, e ela sorri.

- "Obrigada, Felipe. Me desculpe, mas eu não quero te sobrecarregar com meus problemas. Não se envolva nas minhas merdas!" - ela diz chorosa e apavorada.

- "Sinto em te dizer, Gomes... Mas eu já estou envolvido, e vamos arrumar isso!" - digo convicto e ela sorri.

• Um começo de alegrias, mas também um começo de reencontros

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• Um começo de alegrias, mas também um começo de reencontros... 😁

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