Capítulo 8 - O beijo

Começar do início
                                    

Point Of View Bianca Andrade

Olhei pela ultima vez para trás, vendo-a encostada na parede onde nos beijamos, antes de entrar em meu camarim. Encostei-me na porta fechando os olhos ainda sentindo seu beijo em meus lábios. Como ela podia beijar tão bem? A adrenalina e a excitação por fazer isso com ela percorriam em meu sangue freneticamente, me fazendo sorrir feito uma idiota.

- Que cara de idiota é essa? – ouvi a voz de Manu me despertando de meus devaneios.

Olhei para ela um tanto confusa, para logo em seguida assimilar sua pergunta.

- Que cara? Não tem cara nenhuma...

Andei até a bancada retirando minha máscara negra, e logo minhas roupas, ou melhor o pouco delas.

- Tem sim, uma cara de boba, ou de quem está escondendo algo. Conheço-lhe, me conte agora.

- Manu, eu não tenho nada! – falei enquanto guardava as roupas de Jennyfer na arara.

- Você não me engana! Que travessura fez? Foi com a Kalimann, não é? E esse lenço?

Acho que minha expressão me entregou, pois Manoela olhou com uma cara maliciosa.

- BIANCA!

"Shiiiu" falei tapando sua boca com a palma da mão.

- Fale baixo, você quer que descubram meu nome?

- Não! Quero que me conte o que você fez com a chefa!

Soltei Manu e andei para vestir minhas roupas, ela me olhava ainda esperando uma resposta, quando então eu resolvi falar:

- Agentesebeijou – falei rápido

- O que? Fala direito! ela ordenou confusa.

- A gente se beijou, Manu! Rafaella Kalimann me beijou! E nossa, foi o melhor beijo da minha vida! – desabafei, agarrando o lenço.

Manu arregalou os olhos em susto.

- Você está louca? Meu Deus!

- Eu não pude evitar, ela me enlouquece!Você não tem ideia de como é estar nos braços daquela mulher.

- Você sabe que isso é brincar com fogo, não é? – seu olhar era preocupado.

- Eu gosto, eu quero me queimar no fogo que ela me proporciona.

- Kalimann te enlouqueceu. Ela vai querer denovo.

- E ela terá!

- Terá? – seu tom era em duvida.

- Sim, eu não consigo evitar...

- Espero que de tudo certo, Bia!

Manu tinha toda razão, naquele momento eu entrei em um jogo sem volta. Rafella era como minha droga, a cada vez eu iria me viciar mais na mulher que me transmitia tanto desejo. Apoiei-me na bancada em minha frente, fechando os olhos e pensando na forma como ela me beijou, de como suas mãos tocaram meu corpo. De como ela me fez estremecer aos seus toques... Céus! Eu estava perdida!

Terminei de me vestir quando alguém entrou no camarim.

- Acho que já arrumei tudo, vamos Manu – eu disse me virando para a mulher que não era Manu.

- O que você está fazendo aqui?

Karine me olhava com uma cara de poucos amigos, mas eu não me importava com isso. Eu nunca gostei dela, fui puramente inocente quando tentei me aproximar dela e de seu grupo de najas.

The Stripper (rabia version)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora