João não tinha voltado ao hospital e estava mesmo assim vigiando Victória no hospital. Do carro dele ficava observando os passos dela. Eram 16 h do dia seguinte ao ocorrido quando a pequena Maria teve alta. Victória já havia conversado com a menina, mas a parte mais complicada era leva-la embora.
Estavam no quarto, Antonieta e Pepino esperavam do lado de fora enquanto ela conversava com a pequena. Estava abraçada a sua girafinha e olhava Victória atentamente. Tinha medo, mas ao mesmo tempo a mulher tinha os mesmo olhos que os seus.
— Meu amor, precisamos ir para casa. Eu vou te levar, você vai ter um quarto, brinquedos e coisas que você queira. Eu sei que você estava acostumada a outro lugar lá na casa da vovó, Bernarda...— Victória sentiu um frio no estômago ao dizer aquela frase.
A infeliz tinha roubado a infância de sua filha, os momentos juntas, por Deus, ela a mataria quando a encontrasse, enforcaria a maldita infeliz com as suas mãos. Suspirou e pensou apenas no bem estar da criança.
— Mamãe sabe que você está com medo, que é tudo novo, mas precisa confiar em mim. Não te farei nenhum mal e quero que me diga sempre tudo que sentir, medo, dor, tudo, meu amor.
A menina assentiu e encheu os olhinhos de lágrimas, a dor de imaginar que ia começar algo novo em algum lugar cheio de gente que ela não conhecia, que ela não sabia o que era.
— Ohhh, meu amor, não fique com medo. — Victória abraçou sua menina com todo amor, ela era tudo na vida dela.
A pequena correspondeu o abraço e sorriu ao sentir o perfume delicioso que vinha de sua mãe. Era um cheiro delicioso.
— Você tem cheiro de sorvete, de sorvete de morango. — ela sorriu e olhou Victória nos olhos.
— É mesmo, filha? Você gosta de sorvete de morango? — pegou sua pequena no colo e a agarrou com todo medo de perdê-la de ter sua menina tirada dela mais uma vez.
— Eu adoro, eu como só no dia do brinquedo.— disse deitando a cabeça no ombro de Vick e bocejando.
Victória saiu do quarto com ela e estava tentando ser o mais leve que podia. Quando a porta se fechou, ela caminhou no corredor e encontrou os outros na sala de espera. Max veio correndo com um presente na mão e agarrou as pernas de Victória.
Os olhos dela recaíram sobre o menino e ela sorriu. Aquele amor todo a estava deixando com o coração cheio de alegria. Ela se abaixou e o abraçou sem soltar a pequena. Maria sorriu para Max e ele disse todo feliz.
— Eu trouxe esse presente. Você vai gostar, é uma boneca linda igual a sua mãe. — ele sorriu e alisou o rosto de Vick.
Maria sorriu e olhou o presente, pegou e apertou no peito e disse obrigada. Max sorriu e Victória o beijou de novo.
— Olá! — ela disse amorosa olhando Heriberto que pegou o filho no colo a ajudando naquela manobra com as crianças.
— Oi, Victória, podemos ir?— ele disse com calma e ela sorriu.
_Vamos todos...— assentiu e ele a beijou, apenas um selinho.
A viagem para casa foi com o motorista de Victória, não demorou muito e ela fez questão que todos estivessem com ela. Só Pepino tinha ido dirigindo o carro de Heriberto. Quando chegaram à casa de Victória, a pequena entrou um pouco sem jeito, mas Max foi mostrando tudo com se conhecesse a casa de Victória.
Os adultos acompanharam a descoberta de tudo. Viam as crianças andarem pela casa. Depois de uma ronda completa e eles acharem brinquedos. Todos haviam partido e estavam apenas os quatro no quarto de Maria.
A pequena brincava com os brinquedos que tinham ficado ali e Max também se divertia. Os dois tinham se dado bem e estavam distraídos. Victória segurou a mão dele e alisou o braço e em seguida o olhou com um pouco de atenção.
— Você devia estar fazendo repouso.— disse com atenção, olhando para ele de modo intenso.
Heriberto sentiu todo corpo responder, era como pegar fogo só de sentir o toque dela. Aquilo não ia durar muito até que ele a atacasse com beijos e com desejos que seu corpo não poderia conter. Estava em chamas, nunca tinha se sentido assim por uma mulher antes.
— Eu estou bem, não estou nem sentindo dores. Está tudo bem, Victória.— ele sorriu e ela o beijou delicada, uma, duas três vezes sem que as crianças notassem e por fim o riso de Max denunciou que estavam sendo vigiados.
— Tão namorando! Tão namorando!— ele disse rindo e cantando e Maria correu até Victória a segurando no braço.
Os dois riram e a menina sentou no colo da mãe a abraçando sem dizer nada. Max foi até o pai e encostou nele num gesto de proteção. Se Maria ia escolher um lado, ele também ia.
— Meu pai é namorado dela! Você não sabia? Não sabia que vamos morar aqui? Que vamos morar nessa casona e vamos ter um irmão?— a voz dele era firme e Heriberto ficou vermelho como um tomate. De onde o filho tinha tirado aquela coisa toda?
Max olhou para baixo, o pai ia brigar com ele por mentir, por dizer coisas que não tinham sido combinadas, mas Victória o puxou para ela com todo amor, mantendo a filha nos braços.
— Você quer morar aqui, Max?— ela perguntou e o menino soluçou nos braços dela mostrando toda emoção de seu coração. Apertou Victória com amor e soluçou mais assentindo.— Não precisa chorar. Está tudo bem, não é errado gostar das pessoas. Está tudo bem!
— Filho, não podemos morar aqui...— Heriberto disse com calma alisando as costas do filho. Ele não queria que Victória se sentisse pressionada com ele e nem que o menino fizesse coisas assim.
— Está tudo bem, Heriberto, deixe ele. Não brigue.— ela ergueu o rostinho dele e disse com todo amor.— Não precisa chorar, meu príncipe! Eu quero você sorrindo. Mas temos que combinar uma coisa. Eu e seu pai ainda estamos nos conhecendo e quando estivermos mais próximos, podemos voltar a falar disso. O que você achar?
O pequeno limpou as lágrimas e depois olhou o pai. Ele suspirou e disse com medo.
— Você promete?— ele disse apertando as mãozinhas.
— Eu prometo!— ela sorriu e ele a abraçou forte.
— A mãe também disse que não ia embora, mas ela foi...— ele suspirou e naquele segundo todos quebraram ao meio.
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SUPREMO AMOR - TDA
RomanceVictória é uma mulher educada, elegante, cheia de dúvidas sobre sua vida. Ela espera com todo amor encontrar sua filha que sumiu há anos. A vida parece brincar com o amor que ela sente e mostra que algumas vezes, ser bom tem suas recompensas.
💕💕💕💕 V & H 💕💕💕💕 10 💕
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