Sou acordada com três crianças tagarelando.

— Bom dia! — falam em uníssono.

— Bom dia, como passaram a noite? — as crianças se preparam para reponder porém a porta do quarto é aberta e lá encontro meu marido com uma linda bandeja farta de waffles, condimentos e um café que sinto o cheiro de longe.

— Deem espaço para a mãe de vocês tomar café — Katsuki fala sério e as crianças abrem espaço para a bandeja que é colocada em meu colo — Bom dia amor. — o loiro me dá um selinho e senta no canto da cama.

— É por isso que a mamãe está ficando gordinha — Katsuo fala cruzando os braços exibindo o gene forte do Bakugo original.

— Não fala isso seu idiota, a mamãe vai ficar triste — Mizu fala brava dando um tapa na cabeça do irmão gêmeo.

Katsuki me da um beijo na testa e sai do quarto me deixando acompanhada das três crianças que não param de fitar meus waffles.

— Podem pegar. Mas não contém pro pai de vocês que eu deixei vocês comerem.

Eles atacam a bandeja me deixando completamente perdida na semelhança que todos tem de certa forma comigo e Katsuki.

Depois de alimentadas, as crianças descem até a sala me deixando sozinha no enorme quarto. Faço minhas higienes e coloco uma camisa azul marinho e uma saia longa rodada que tem seu fim no meio das minhas canelas, desço as escadas de vidro e os encontro no quintal colocando a mesa.

Kazuki, o filho mais quieto, e Mizu colocam a mesa enquanto Katsuo ajuda o pai carregando algumas coisas para a cozinha do quintal.

Logo a campainha toca e corro para atender. Abro a porta e dou de cara com Uraraka arrumando a pequena gravata borboleta colorida de Izuku que sorri envergonhado com sua esposa.

— Olá casal — eles me olham sorridentes e me abraçam.

— Matsui, quanto tempo? — pergunta o esverdeado que agora tem mais cicatrizes do que a última vez que o vi.

— Amiga! Que saudade! — Uraraka me agarra do pescoço.

— Oi Tia Matsui, Mizu está aí? — a menina de cabelos castanhos sai de trás da perna do pai e me encara com suas grandes orbes verdes.

— Sim Kana, ela está lá no fundo junto dos meninos. Entrem, sintam-se em casa.

Fecho a porta e os acompanham até os fundos, onde encontramos Katsuki e as crianças arrumando algumas coisas na mesa. Meu marido caminha até os convidados e sorri animado ao ver Izuku e Uraraka.

Porém a campainha toca novamente e olho para Katsuki que entende sem eu precisar falar nada. Ele caminha até a entrada e abre a porta.

Eu, Uraraka e Izuku continuamos a conversar até que Momo e Todoroki passam pela porta de vidro que liga a sala ao quintal, peço licença para Izuku e Uraraka e caminho em direção ao outro casal.

— Amiga que saudade! — Momo exclama me agarrando em um abraço apertado.

— Como vão? — pergunto para o casal que se entreolham e sorriem. Momo coloca a mão na barriga fazendo-me entender tudo rapidamente — Eu não acredito! — falo alto o suficiente.

Os abraço e vejo a felicidade esboça no rosto de Todoroki que sorri sozinho. Sinto uma mão puxar a barra da minha saia obrigando-me a olhar para o chão, onde encontrei uma menina de cabelos completamente brancos.

— Tia, onde está a Mizu? — Akari pergunta exibindo seus olhos azuis cristalinos iguais aos do pai.

— Ela está lá no fundo meu amor. Vem, vamos. — o casal me segue até as mesas e cadeiras e senta em lugares distintos para conversar, enquanto as crianças brincam animadas.

Logo outros convidados vão chegando. Mina e Kiri, e Denki e Jirou. Todos com seus respectivos filhos que correm entre nós.

— Mãe, a gente pode ir lá pra quadra de futebol? — Mizu pergunta acompanhada dos filhos de Mina e Kiri.

— Podem. Só não vão se machucar, e tomem cuidado com a piscina.

— Minha nossa amiga, sua casa é enorme — Momo fala animada.

— Quero saber quando vamos ter o dia das mulheres naquela enorme piscina lá — Mina aponta na direção da mesma.

— Quando os homens não estiverem em casa — falo e rio ao ver a face séria de Katsuki que logo solta uma risada.

— Então o dia dos homens vai ser lá na casa do Todoroki. Ouvi falar que tem um bar na sala de vocês. — Bakugo fala enquanto traz a panela de macarrão para a mesa.

— Nada se compara a casa de vocês — Momo fala enquanto arruma os longos cabelos negros.

— Mas então amiga, vamos para os detalhes mais legais de ter se casado com o Bakugo. — nesse momento já sei exatamente do que Mina quer falar — Por que o Ejirou tem o tamanho perfeito para mim.

— Amiga, já sabemos que o porte ele tem, né? Três de uma vez só, não é pra muitos. Matsui se deu bem com certeza — Jirou fala animada — mas eu me dei melhor, Denki é maravilhoso.

Diz convencida enquanto nós rimos.

— Eu já venho aí, só vou ver se Katsuki não precisa de ajuda com alguma coisa na cozinha — as meninas assentem e me retiro.

Chego na cozinha e encontro Todoroki, Izuku e meu marido conversando animados enquanto bebem um vinho tinto.

Todoroki me oferece, por alguns segundos êxito bebê-lo porém nego antes.

— Amor, a comida está pronta. Quer chamar todos pra comer? — Katsuki pergunta e assinto. Caminho juntos dos meninos até a mesa.

As crianças surgem e sentam-se animadas na ponta da longa mesa de madeira, já os adultos sentam nos lugares que sobraram e eu e Katsuki sentamos na ponta contrária.

Agarro a mão de Katsuki por baixo da mesa e respiro fundo. Todos se calam e olham atentos enquanto me levanto junto do meu marido.

— Em nome da família Takahashi e Bakugo, quero agradecer pela presença de todos e tenho um comunicado importante para dar — involuntariamente minha mão corre para minha barriga e sinto as mãos de Katsuki me envolverem — estamos grávidos do sexto integrante da família.

Acabo a frase com uma risada tímida e um beijo estalado de Katsuki em minha bochecha. Todos parecem entrar em um curto circuito.

— Eu sabia! — Mina grita — Por isso que você estava gordinha!

— Parabéns! — Momo e Ochaco falam animadas enquanto contornam a mesa para nos abraçar.

— Mais um? — Katsuo, nosso filho, pergunta com os olhos arregalados fazendo o clima ficar leve e engraçado.

Todos riem e se servem da macarronada de Katsuki. Enquanto isso sento-me em meu lugar e vejo-o me analisar.

— O que está olhando Bakugo? — pergunto fingindo seriedade mas a resposta que recebi faz minhas bochechas corarem abruptamente.

— Só estou analisando o amor da minha vida.

Como eu poderia não me apaixonar por ele?

Cristal de Sangue - Boku no HeroWhere stories live. Discover now