LOVE AND HATE - IMAGINE NOAH X YOU

002.

Eu to super hiper mega feliz que vocês gostaram da fic♡ Eu já tenho uns capítulos prontos, então talvez eu poste mais hoje! Boa leitura<3

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-Então? Conseguiu chamá-la pra sair?

-Não - respondi.

-Acho que desaprendeu como flertar, Urrea - Heyoon disse do outro lado da linha.

-Nada a ver! Ela é difícil. Ela até disse que eu sou feio! Acho que ela é lésbica.

-Ah, Noah, só porque pela primeira vez em sua vida uma menina não pulou imediatamente em seus braços que quer dizer que ela é lésbica - Heyoon disse. - E você é feinho mesmo.

-O quê? - questionei.

-Eu estou brincando, idiota. Mas, agora é sério, você não vai perder mil dólares, né? Seria um pecado!

-É, eu sei. Mas ainda acho isso errado.

-Por que? Todos nós algum dia vamos ter uma decepção amorosa! - Heyoon diz. - E nada melhor um puta gostoso para proporcionar uma puta decepção amorosa. E, também, você só iria sair com ela uma vez! Que mal isso faria?

-É, tanto...

Jeong me interrompe, com um grito fino que me faz afastar o telefone do ouvido.

-O que houve, caralho? - perguntei, irritado.

-Eu borrei meu rímel - Heyoon diz, com voz de choro.

-Pelo amor de Deus, Heyoon! Achei que tivesse acontecido alguma coisa de verdade.

-E aconteceu! Eu vou sair com uma pessoa e eu borrei o rímel em cima da sombra! - ela diz e agora eu tenho certeza que ela está chorando.

-Vai sair com quem? - questiono, tentando fazê-la se distrair.

Heyoon é bem dramática. Tipo, bem dramática mesmo. Uma vez ela chorou por não conseguir abrir a tampa da garrafa.

-Sina Deinert.

-Ela é gostosa - digo.

-Eu sei, tá? - ela se gaba.

Ouço uma batida na porta do meu quarto. Vejo que minha mãe está parada na porta, junto de meu pai.

-Hm, Heyoon, depois te ligo, está bem? Tenho que ir.

Desligo a ligação antes mesmo de ter uma resposta de minha melhor amiga. Meus pais entram no quarto, e minha mãe senta em minha cama.

-Então...? - questionei.

-O que está havendo, Noah? - mamãe perguntou.

-Nada, mãe. Por quê?

-Noah, não se faça de desentendido. Você não tem sido você mesmo desde que o Bryan se foi.

-E você sabe o suficiente sobre mim pra saber que eu não estou sendo eu? Quero dizer, considerando que você prefere o Bryan mesmo ele estando morto?

-Isso é mentira! - minha mãe se defendeu.

-Não é, mãe! Quantas vezes você disse à ele que era o seu orgulho? Quantas vezes você disse pra mim?

-Eu já te disse isso um milhão de vezes - Wendy fala.

-Ah é, mãe? Cite uma dela. Uma.

Ela fica em silêncio, me olhando com os olhos marejados.

-Você nunca se importou de verdade comigo, mãe. Nunca. Agora que o Bryan está morto, você vem me procurar. Você vem conversar comigo como se fosse normal, quando não é! Você nunca fez isso antes! Por que fazer agora?

-Porque quando seu irmão morreu, percebi que estava perdendo a oportunidade de ser sua mãe, Noah. E pare de fingir que eu sou a vilã aqui. O seu irmão estava doente, Noah, tinha que lhe dar atenção!

-Ele não ficou doente dezessete anos, mãe!

-JÁ CHEGA! - meu pai gritou. - Noah, sua mãe está tentando se aproximar de você, e eu também. Por que insiste em nos afastar?

Passo a mão pelo meu cabelo, sem encarar meu pai.

-Sabemos que está sofrendo pela morte do seu irmão. Mas não é só você! Não haja como você fosse o único no mundo que sofre! Não haja como você fosse a vítima e nós os violões. Pare de discutir com sua mãe. Ela te ama, Noah. Eu te amo. Nós sempre estivemos aqui. Sempre te demos atenção. Tudo que davámos para seu irmão, dávamos igual à você. Você sempre será nosso orgulho, Noah, assim como seu irmão. Nós te amamos tanto quanto amamos o Bryan. Mas, por favor, não sofra sozinho. Não nos afaste. Não tente nos tornar vilões.

Ergo o olhar para meu pai e o vejo. Ele está chorando. Minha mãe está chorando.

-O amor é o único vilão - digo, por fim.

-O quê? - meu pai questiona.

-O amor é o único vilão. Se não fosse por ele, não estaríamos sofrendo. Não acho que vocês são os vilões.

-Há quanto tempo não escreve, Noah? - minha mãe pergunta.

-Eu não posso, mãe.

-Por que não? É só pegar um papel e uma caneta.

Não respondo nada.

-Quer ver um filme conosco? - mamãe sugere.

Não respondo novamente. Talvez eu seja um babaca mesmo. Mas prefiro isso do que ter mais motivos para sofrer. Se eu amar alguém de novo, vou sofrer.

-Caso mude de ideia, estaremos na sala - minha mãe avisa, saindo do meu quarto, junto de meu pai.