⚜ 3 - A visita ⚜

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Castelo Kezzar na mídia acima.

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"Achei coisa mais amarga do que a morte: a mulher cujo coração são redes e laços e cujas mãos são grilhões; quem for bom diante de Deus fugirá dela, mas o pecador virá a ser seu prisioneiro."

Após sair da presença do rei, vou ao meu quarto e fico a pensar: O que eu posso fazer para conseguir o reino Kezzar?

ㅡ Invadir o reino? Não! Convidar o Rei para vir até o Palácio, e depois mata-lo? Não! ㅡ Fico a imaginar ideias de como acabar com Augusto. ㅡ Me infiltrar no reino e eu o matar? ISSO! ㅡ Saio rapidamente do meu quarto e vou até o encontro de meu pai na sala do trono.

ㅡ Pai! ㅡ Digo a sorrir quando meus olhos se encontram com os do meus pai. ㅡ Achei uma ideia de como conseguir acabar com Augusto! ㅡ Digo, fazendo reverência.

ㅡ E o que seria? ㅡ O vejo ficar interessado.

ㅡ Eu me infiltrarei no castelo e o convencerei a vender, ou até mesmo, trocar o reino pelo nosso reino tifita, que é muito maior e mais luxuoso, e eu com meu poder de persuasão e de conquista o farei se casar comigo. ㅡ conto-lhe o meu plano a sorrir. ㅡ E o melhor! Eu o matarei após o casamento, e o reino será seu, majestade!

ㅡ Esplêndido! Mas como entrará no reino e ficará no castelo sem dizer sua verdadeira identidade? ㅡ Me questiona.

ㅡ Papai, eu tenho meus jeitos de conseguir tal prodígio! ㅡ O informo.

(...)

Enquanto isso no reino Kezzar...

ㅡ AUGUSTO! ㅡ Minha prima grita entrando em meu quarto, sem nem ao menos bater. ㅡ Estou entrando...

ㅡ Ter intimidade em seu próprio aposento é difícil, não é verdade? ㅡ Pergunto, com tom de ironia. ㅡ Fala!

ㅡ Mil perdões, vossa excelência! ㅡ Ironiza. ㅡ Sabe quem me mandou uma carta perguntando se pode passar uma temporada aqui? ㅡ Pergunta, pulando na minha cama.

ㅡ Não! Quem? ㅡQuestiono, com a cara no travesseiro.

ㅡ A Agnes, Aquela amiga minha que mora no reino Morg*! Ela pediu, para passar uns dias aqui. E eu deixei! Fiz bem? ㅡ Pergunta com um rostinho de cachorro sem dono.

ㅡ Ela... pode ficar! ㅡ Me rendo a sua carinha fofa. ㅡ Mas o reino está em crise! Então, não invente banquetes!

ㅡ OBRIGADA, MEU PRIMO LINDO! ㅡ Ela volta a pular na cama ㅡ Já que, vossa excelência, permitiu a estadia da minha amiga aqui no palácio, peço que o senhor se levante e se arrume, pois vossa alteza tem que receber a "Nossa" visita que já está tomando café aqui! ㅡ Ela me olha com um sorriso brincalhão, pois sabe que eu ficarei nervoso. ㅡ Ah, vamos logo. Não deixe a visita esperando!

ㅡ Por que você não me disse que ela estava aqui? ㅡ A fito com cara poucos amigos. ㅡ Jasmina, eu NUNCA proibi ninguém vir aqui, mas primeiro, eu gosto de ser informado!

ㅡ Desculpe! ㅡ Diz se levantando e saindo da minha cama. ㅡ Vou lá recebê-la.

ㅡ Depois eu desço! ㅡ A informo.
Ela não responde, simplesmente sai.

ㅡVamos levantar, afinal, tenho que uma "Visita" para receber. ㅡ Não estou nem um afim de descer, então fico enrolando na cama, até decidir descer.
Vou descendo as escadas lentamente, até chegar na sala principal. Vejo uma bela moça de cabelos loiros (nunca vi cabelos tão loiros assim.) E com um olhar cativante. Mas algo nela me fez temer por dentro.

ㅡ Olá, seja bem vinda ao Palácio Kezzar! Meu nome é Augusto Kezzar, mas conhecido como o rei! ㅡ vou até a moça e pego em suas mãos, depositando ali um leve beijo.

ㅡ Muito prazer, majestade! Muitíssimo obrigado, por permitir, minha estadia em seu Palácio! ㅡ a loira, que eu não me lembro o nome, se curva em reverência e eu acabo lembrando da ruiva que eu vi ontem no vilarejo. Essas lembranças me fazem gargalhar. ㅡ Desculpe-me alteza, eu fiz algo de errado? ㅡ A loira pergunta toda vermelha.

ㅡ Desculpe, senhorita. Eu me lembrei de um fato engraçado e acabei rindo sem querer! ㅡ Peço perdão a loira. ㅡ Mas, eu quero que a senhorita se sinta a vontade neste castelo e no reino! ㅡ Mudo de assunto.

ㅡ Obrigado, fico muito lisonjeada pela recepção! ㅡ Seus olhos ficam com uma cor diferente, como se ela se ela estivesse mentindo. ㅡ Onde será o meus aposentos? Estou demasiadamente cansada!

ㅡ Filipa, leve a Agnes ao seus aposentos! ㅡ Minha prima pela primeira vez resolve se pronunciar.

ㅡ Senhora, vamos? ㅡ Filipa faz uma pequena reverência para a tal de "Agnes" e começa a subir as escadas lentamente.

ㅡ Por que você ficou calada até agora?ㅡ Pergunto intrigado.

ㅡ Estava reparando o jeito como a Agnes te olhava. ㅡ Comenta sem ao menos olhar para mim. ㅡ Ela te olhava de um jeito tão... diferente.

ㅡ Você está estranha. Está me deixando com medo. ㅡ Seu olhar estava distante.

ㅡ Ai Gus, eu tô muito pensativa! ㅡ Ela me olha tristinha. ㅡ Depois eu te falo.

  O que será que aconteceu para a Jasmina ficar tão triste assim? Será que tem alguma relação com a chegada da Agnes?

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Nota da autora: estamos chegando na reta final do conto "A Vinha" mas, ainda terá  muita coisa para acontecer. 

A Vinha Where stories live. Discover now