Capítulo 04 - Alba

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CAPÍTULO 04 - ALBA

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CAPÍTULO 04 - ALBA

O sábado não demorou muito a chegar, porém, pedir para uma dona de bar acordar antes das quatro da tarde, em um final de semana, é demais.

Eu estava arrumada, mas não completamente pronta, quando a campainha tocou. Christopher é pontual e considero isso uma qualidade. Assim como ele instruiu, coloquei roupas confortáveis, um short jeans e uma camiseta preta soltinha e de alças finas. O biquíni estava na bolsa, mas não estava nos meus planos usá-lo. Conheço os lugares para usá-lo por aqui e não é nem um pouco convidativo.

Por precaução coloquei uma toalha de banho para caso precise, roupa extra e um casaco de frio. O tempo ultimamente tem nos pego de surpresa e por mais que não parecesse eu sou uma garota do calor, gosto de sol e o frio não me agrada muito.

Minha bolsa estava pronta quando coloquei meu canivete, presente de Nick, que sempre andava comigo. Sei me defender e uma coisa que aprendi é a não confiar em homem e muito menos nos desconhecidos. Christopher tem cara de quem não mata uma mosca, no entanto, como já dizia minha mãe, quem vê cara não vê coração.

Caminhei até a porta com a bacia de comida de Felícia na mão.

- Fiz você acordar cedo demais? - pergunta, sorrindo. Ele não está nem um pouco arrependido disso.

- Normalmente eu acordo as quatro, você está me devendo uma. - abro espaço para que ele entre.

Estendo a bacia da gata para ele, que me olha confuso, mas pega sem pestanejar. Fecho a porta e sigo para a cozinha. Felícia se aproxima no seu lento caminhar de sempre, chega perto de Christopher e arrodeia suas pernas sem tocá-lo. Olha para mim e mia.

Rio porque entendo que ela está querendo dizer: gostoso, porém não aprovado no nosso território feminino.

- Que gato bonito. - ele fala se abaixando para fazer carinho nela

- Gata. O nome dela é Felícia e, cuidado, ela pode ser arrisca. - falo, despejando a comida no recipiente que ele segura.

- Sou completamente apaixonado por animais. - ainda agachado ele ergue a cabeça para olhar para mim.

Não vou nem comentar sobre os pensamentos impuros que se passaram na minha cabeça vendo esse homem quase de joelhos na altura da minha cintura.

Nossa Senhora das mulheres que amam uma safadeza.

- Desde que me mudei penso em comprar um cachorro. Fico muito sozinho e há muito tempo não tenho um bichinho. - ele coloca a panelinha do chão e Felícia vai comer.

- Não compre, Christopher, adote. Tem um lugar especialmente para adoções aqui. Felícia é uma gatinha preta em uma cidade onde o dia das bruxas e as superstições sobre esses animais rolam soltas, as pessoas matam e tem medo de gatos pretos, eles sofrem muito. E pode ser sincero, ela é a coisinha mais bonita que você já viu.

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