A unica moradora

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Andava pelos corredores do castelo, eram corredores largos, as paredes tinham tochas apagadas, mas o pouco de luz do sol que entrava pelas janelas era o suficiente, de certa forma o castelo ainda estava bem conservado, algumas rachaduras no chão e nas paredes, bandeiras nas paredes com o brasão de Knut rasgadas, mas comparando com o resto da cidade, o castelo estava inteiro

Se alguém for morar aqui depois, terá pouca coisa para concertar

No fim do corredor havia uma porta dupla de madeira, a tinta verde estava descascando mas a porta ainda parecia inteira, Eldric abre a porta e entra no espaço, era uma cozinha bem grande, devia caber umas vinte pessoas, não tinha um, mas três fornos, varios balcões espalhados, com panelas enferrujadas em cima deles, um caldeirão estava encostado em um canto, Eldric examinou um pouco do lugar, havia sacos de farinha abertos, e algumas panelas recem usadas

Tem alguém aqui com consciencia o suficiente para usar uma panela?

Eldric sai da cozinha para um patio, grama crescia das rachaduras do chão, algo tenta atacar Eldric por trás, mas os reflexos de Eldric foram mais rapidos, com um corte ele mata a criatura, era um verme com o tamanho de uma cobra, tinha uma boca cheia de dentes pontudos, algo começa a se arrastar pra fora de um armazem ou algo assim, era gordo, não usava camisa, mas tinha uma calça de couro que parecia que ia rasgar a qualquer momento, sua carne podre estava cheia de vermes entrando e saindo, moscas voavam ao seu redor, seu cheiro dava vontade de vomitar até a morte,  não tinha um dos olhos, a podridão em forma de gente abre a boca, revelando alguns dentes podres e pontudos, o homem podre segurava dois cutelos enferrujados, o podridão humana levanta um braço como se fosse cortar algo

Estamos afastados um do outro, ele vai lançar aquele cutelo?

O braço erguido se estica até Eldric e o ataca como se fosse um chicote, Eldric desvia para mais longe, mas o outro braço já estava indo na sua direção e ia parti-lo ao meio, Eldric pula sobre ele, o monstro começa a mover os braços como se fosse um chicote, fazendo os cutelos ir em todas as direções e angulos, Eldric bloqueava e desviava até que consegue cortar metade de um dos braços da criatura, que grita de dor, e ataca com o braço cortado, da parte cortada surge um verme cheio de dente que quase consegue morder o braço direito de Eldric, que consegue saltar para uma varanda ali perto

Mesmo que eu fuja ele vai me perseguir, nesse caso é melhor mata-lo aqui, o problema é esses braços velozes, terei que atacar de longe

Eldric aponta a espada para o homem verme

- Perfure-o

A lâmina escurece, e diversas penas pontudas saem em alta velocidade na direção do monstro, o perfurando, ele tenta usar os braços chicotes para bloquear, Eldric usa essa brecha e pula em cima do monstro, seus pés aterrissam nos ombros podres do monstros, e Eldric atravessa sua espada na cabeça dele, a espada sai no queixo do monstro, sangue negro jorra e suja um pouco o rosto de Eldric, ele tira a espada da cabeça do monstro que cai morto, e segue caminho, ele volta para uma parte coberta do castelo e esculta um barulho vindo de um quartinho, ele abre a porta e vê uma mulher, ela usava um vestido roxo rasgado, mas parecia normal

- Por favor não me mate

A mulher emplora

- Quem é você?

Ele pergunta

- Eu...eu já fui a ama de leite do principe, antes de...

- Antes de Knut ser devastada pela maldição

Eldric completa

- Porquê você foi poupada pela maldição?

- É uma longa historia...





Tears of darkness: crônicas do armageddon part IOnde as histórias ganham vida. Descobre agora