[INTERESSANTE]

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Logo de manhã, sinto pequenas mãozinhas tatearem meu braço.

- Noaaaahh, acordaaa! - Shivani grita em meus ouvidos. - Hoje é sábado!

Abro os olhos e sorrio ao ver a garotinha com sua franja delicada sobre os olhos castanhos.

- Bom dia princesa.

Ela sorri e a puxo para a cama comigo.

- Não quero dormir de novo. - Ela diz.

- E não pode ficar um pouco com o seu irmão?

- Não.

- Porque?

- Porque tenho um namorado agora. Não preciso mais de você.

Arregalo os olhos. 

Mas que merda?

- Como assim Shivani Paliwal Urrea?

- Estou namorando! Ele é o meu príncipe encantado.

- Você tem seis anos!

- E daí? Você tem vinte e não namora.

Fico boquiaberto.

Eu sei que era apenas um "namoro" idiota e inocente de crianças, mas sei que um dia quando crescer, será real. E isso me assusta.

- Shivani! - riu.

- Princesa Shivani para você.

- Vem aqui agora garota.

Jogo a pequena na cama e a encho de
cóceguinhas. Enquanto ouvia sua risada fina encher meu quarto.

Aquela miniatura de gente era a minha salvação de todos os dias.

Enquanto a fazia cócegas, jogo minha cabeça para o lado para tentar arrumar meu cabelo no rosto, e me dou de cara com duas mulheres brigando na casa ao lado.

Paro para ver o que estava acontecendo.

- Graças á deus, vou pedir para a mamãe fazer meu toddy. - Shivani sai da minha cama.

Vejo Sina e sua mãe brigarem aos berros.
A mulher parecia três vezes mais louca do que quando nos recepcionou aquele dia.

Sina ainda usava a mesma camisa larga que usava antes, e me causa arrepios só de lembrar do quanto usei a minha mão quando cheguei em casa.

Até que a mulher estapeia seu rosto com força, e a garota não diz nada, só sai de casa batendo a porta.

Sento no colchão e tento engolir as cenas que acabei de ver. Nada parecia fazer sentido.

Uma hora a mulher estava sorrindo e na outra estava estapeando o rosto da filha. Agora a filha, uma hora usa roupas rosas e floridas e na outra, uma blusa preta do rolling stones.

Ding dong.

Merda.

Corro até a porta antes que qualquer um atendesse antes.

- Eu atendo! - Grito pela casa.

Abro a porta e logo a fecho para que ninguém a visse.

Quando tenho a oportunidade de a olhar, fico boquiaberto.

Seu rosto estava excessivamente vermelho de um lado só, e ela tremia de tanto chorar.

- Sina... E-eu...

- Tem vodka?

- Como é?

- Preciso beber.

MY BRUTAL ANGEL. / NOART/ HIATUSWhere stories live. Discover now