Amor

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Oii gente, como estão ? Ameiii o feedback sobre o último capítulo, foi melhor do que esperava. Tentei mudar um pouco, tava cansada do mesmo de sempre, fico feliz que a maioria tenha gostado! Obrigada!! Espero que gostem ❤️

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Os barulhos altos invadiam os ouvidos de Rafaella. Estava a horas observando o lugar, pensando num jeito de escapar viva daquilo. Estava presa em um quarto escuro e úmido, havia parado de chorar a um tempo, não adiantaria nada se desesperar, tinha que manter o controle.
Do lado de fora, as vozes altas e imponentes a assustava um pouco, as risadas de piadas maldosas e sujas também.

- Se afaste da porta. - Uma voz forte e grossa soou do outro lado.

Rafaella fez o que lhe foi ordenado, pode ver a imagem de um homem alto e barbudo atravessar a porta, ele carregava uma pequena garrafa, com metade da água, empurrando para Rafa, que a pegou imediatamente, estava quente e o quarto abafado não ajudava.
Enquanto tomava o líquido via os olhares direcionados a ela, era sujo e nojento, se manteve o mais longe que pode do homem, até que acabasse. Um outro homem interrompeu o momento constrangedor, puxando para fora o companheiro e a deixando sozinha. Bufou cansada, irritada, sentia dores pelos puxões que levou. Sentia muito, muito medo.

Como Bianca estaria nessa situação ? A sua família sabia ? Eram perguntas feitas para o silêncio. Mas de uma coisa tinha certeza, só queria ir correndo para o aconchego dos braços de Bia.

Se sentou no fundo do quarto, numa parte menos suja e se encolheu, rezando e rezando para que alguém a tirasse de lá, a porta do quarto se abrindo a tirou de seus devaneios.

- Vamos brincar ? — o mesmo homem que havia a levado água pergunta maliciosamente.
A cada passo do homem, podia sentir cada pelo do seu corpo se arrepiar e o medo a consumir.

- Fica longe de mim — Diz alto se encolhendo no canto.

O homem se aproxima rápido a segurando pelo cabelo, fazendo com que ficasse de pé, tocava todo seu corpo descaradamente.

- TIRA AS MÃOS DE MIMMM — Grita desesperada.

Alguns outros homens aparecem na porta, rindo da situação, mas afastando o homem de Rafaella, a deixando sozinha novamente, chorando de soluçar. A noite parecia não passar nunca, se manteve acordada o quanto pode, mas adormeceu.

- Levanta! — A voz imponente a fez despertar.

Levantou em um pulo e encarou a figura em sua frente. Era o líder do grupo.

- Se você fizer tudo direito e eles também, você vai sair viva, se não, vai morrer lentamente. — Diz como se não fosse nada.

Rafaella olhava perplexa para o homem, sentia medo. Fazia umas 8h que estava presa naquele lugar, sem perspectiva alguma de quando sairia. Tentou, tentou e tentou se manter positiva. Pediu baixo por ajuda, até que sentisse dor, mas ninguém a ouvia. Se sentia idiota, porque ninguém podia a ouvir. Se perguntava se havia alguém, pedia a Deus por alguém, precisava que alguém aparecesse. O bolo que se formava em sua garganta de minuto em minuto, causava dor e ardência.

- Nem tudo é como esperamos né ? Você veio, achou que ia fazer sua caridadezinha e isso acontece — O homem fala num tom sarcástico, andando de um lado para o outro do cômodo.

- Não é caridade, eu vim pra ajudar. — Diz com a voz trêmula.

- Tanto faz — Ele responde dando de ombros.

O telefone do homem toca interrompendo o momento, não fez questão de atender em outro lugar.

- Demorou pra quem quer salvar uma vida — Dizia sorrindo, Rafa se sentia enjoada.

Rabia - Amor e guerra Onde as histórias ganham vida. Descobre agora