Saviour. FINALIZADA

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Olivia F
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—Olivia você não vai acreditar na banda que vai fazer um show esse final de semana!— Ellie surge do nada ao meu lado no corredor da escola e suspiro já pensando nas quinhentas desculpas que teria que inventar para não ir com ela. Ela diz o nome de uma das minhas favoritas, e mordo meu lábio com força quando me dá um tapinha no braço animada, não era culpa dela ter doído. Não era culpa de ninguém naquela escola eu ter que usar moletons no verão, ou não poder ir a nenhum passeio de turma. A culpa era totalmente minha.

— eu sinto muito Ellie, mas esse sábado é dia de faxina...

— que isso? Seu pai vai te deixar ir, ele é tão legal. — ela fala animada como se minha preocupação não fosse nada.

Tento sorrir para a ironia daquilo, sim talvez ele deixasse eu ir, mas depois iria gravar o nome dele nas minhas costas e diria que é pelo dinheiro que gastou comigo.

—eu tenho muito que estudar para as provas finais, você sabe. — coço meu braço onde um dos machucados começava a cicatrizar.— talvez na próxima a gente vá juntas.

Escapo antes que ela insista e quase corro para a educação física, solto um gemido ao lembrar que era dia de basquete, o que significa que vão me tocar muito. Esbarrar nas minhas costas, me derrubar, empurrar, uma tortura.

Não é como se eu odiasse educação física, pelo contrário eu adoro esportes, são o único momento em que posso me soltar, eu amo correr. É irônico eu sei, já que tudo que eu menos faço na minha vida é correr, eu enfrento meus problemas, as surras, os gritos, tudo e nunca corri. 

Eu não sou uma medrosa ou covarde.

— Fraser seu pai está te esperando na secretaria, arrume suas coisas e vá— escuto o professor e todo meu ânimo some, o olho apavorada e vejo o olhar desconfiado dele. Oh, não, não posso deixar outro professor duvidar do que acontece dentro de casa. Uma outra pessoa agradeceria a interrupção de um jogo violento para fugir da escola, mas eu não e isso já tinha me dado problemas com um antigo professor.

— Sim Sr.Gale.— concordo rápido e saio apressada pro vestiário tirando meu uniforme tremendo. O que ele queria? O que tinha dado errado dessa vez?

Oh Deus, por favor não deixe ele usar o cinto, por favor.

Imploro enquanto ando pelos corredores da escola com minha mochila, entro na secretaria com o rosto baixo vendo o homem alto e de pele escura como a minha debruçado sobre o balcão flertando com a secretária.

Que nojo.

—ah, aí está minha princesinha— escuto a voz dele e ergo a cabeça vendo o olhar dele em mim, reconheço a ira em seus olhos bem disfarçada pelo sorriso. Eu luto contra o instinto de me encolher quando ele passa um braço nos meus ombros.

— o que aconteceu?— pergunto com a voz baixa o olhando curiosa.

— eu só vim buscar minha filhinha para curtir o aniversário dela.— mordo meu lábio vendo a secretária arregalar os olhos e me parabenizar então murmuro um "muito obrigada" sem jeito.— não é todo dia que se faz 18 anos, certo?

Ele aperta meu braço e eu seu que aquilo é um aviso, não importa se eu fiz 18 ou 40, ele ainda era meu dono e eu não iria a lugar algum. Sorrio e aceno para a secretária saindo com ele tentando pensar em tudo que eu poderia ter feito para ele se irritar comigo. Será que esqueci de passar alguma camisa? Ou o café da manhã estava ruim? Durante todo o caminho da secretaria até o carro ele me segurava com seu braço e isso me assustava mais do que nunca.

Paramos em frente ao carro e ele abre a porta para eu entrar, olho em volta procurando ajuda, mas não há ninguém, nunca tem. Entro no carro colocando meu cinto e abraço minha mochila o vendo dar a volta logo entrando também. Ele respira fundo e me olha sem sorrir agora.

— agora você é mulher Rose, hoje vai ser muito divertido.

Abro a boca para perguntar o que aquilo queria dizer, mas logo solto um gemido quando um tapa acerta meu rosto antes que ele saia com o carro da vaga que tinha escolhido.

Socorro. Peço para aquela dinvidade que sempre me ignorou, eu estou perdendo as esperanças.

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Espero que gostem, vou tentar fazer capítulos maiores