Quantas vezes?

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Ele sabia que não tinha mais volta quando disse que seria apenas uma vez na vida e agora estava na sexta vez no mês. Mas só de olhar o outro se recurvando abaixo de si com as pernas abertas suspensas por seus dedos era o suficiente para pensar que haveria uma sétima, oitava, nona vez… sabia que os dedos dos pés dele estavam se dobrando enquanto as mãos com força agarravam os lençóis brancos da cama e a todo tempo ele o encarava inebriado com aquele sorriso de quem apronta, tudo fazia com que o puxasse mais para si enfiando até a base e ele soltasse aqueles arquejos semicerrando os olhos cor de areia iguais aos cabelos.

Mais uma série de gemidos entrecortados, mais uma série de estocadas, mais uma série de unhas curtas trilhando a pele suas costas.  Estava quase lá e quando sentiu o jorro vir, tentou se tirar dele, porém as pernas envolveram a sua cintura e prenderam-na, incapaz de sair tudo foi derramado dentro do outro e ele teve um leve espasmo pela sensação, na metade do jorro o outro também começou a gozar encharcando de branco a barriga lisa.

As pernas soltaram de sua cintura e ele riu ainda com os ecos do prazer, Enji fechou a cara.

— O que foi, meu rei? — ele perguntou fingindo curiosidade.

— Você tem que me deixar sair.

— Mas eu gosto quando é dentro. — Ele levou a mão até a parte que os conectava.

— Você é doente.

Ele riu ainda mais e disse:

— Pode pegar a caixa de lencinhos para mim? — Apontou para a mesinha de cabeceira.

Enji esticou o braço e passou a caixinha para ele depois saiu de cima e sentou na beira da cama.

— Fufu… — Kei assobiou feliz enquanto limpava a barriga e depois voltou a deitar de bruços na cama.

Enji esperou mais alguns segundos, viu que nada aconteceu e finalmente perguntou:

— Você não vai se limpar por dentro?

— Fazer a chuca?

— É, isso. — Enji nunca se acostumaria com esses termos. — Você não vai?

— Mais tarde. — Kei descansou a cabeça sobre os braços cruzados e fechou os olhos.

— Não vai te dar diarréia?

— Meu rei acha que o seu sêmen foi tanto que vai fazer com que eu passe mal tão rápido?

— Eu não acho isso. Você que disse que podia passar mal caso… você sabe.

— Não ainda. Mas a gente pode tentar mais até minha barriga ficar cheia. — Ele deu preguiçosamente um sorriso de rapina ainda com os olhos fechados.

— Você só fala bobagem.

— Vamos fazer meu intestino uma fábrica de leitinho, meu rei. — afirmou como se não fosse nada.

— Você é doente. — Enji afirmou e foi ao banheiro se lavar, mas no banho já pensava na próxima vez em que o encheria de leite… digo, que ficariam juntos.

O Rei E O PassarinhoWhere stories live. Discover now