Capítulo II - Brown Eyed Girl

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Peguei a jarra de chá gelado que estava na mesa e me servi. Beberiquei o líquido, enquanto olhava para o jardim de minha mãe. Esme sempre foi muito cuidadosa e vaidosa com suas flores e com tudo relacionado à casa.

Sentei-me ao seu lado e ela sorriu, colocando sua mão em cima da minha e a apertando levemente.

– E meus irmãos? – perguntei.

– Deverão chegar ao final da tarde. Alice ligou de manhã, disse que estão todos bem e que vão aproveitar o dia na cachoeira.

– Você conhece os amigos deles? – inquiri tentando soar como se não me importasse.

– Mas é claro. Eles são uns amores, os considero como queridos sobrinhos que nunca tive. Allie e Emm foram com Rosalie, Jasper e Bella.

– Nunca ouvi sobre eles.

– Provavelmente já. Emmett anda encantado por Rosalie, além do mais, ele e Allie sempre falam sobre os amigos.

Emmett encantado por Rosalie? Bom, isso me alarmava. Eu não sabia o nome de minha bela morena e ela poderia muito bem ser essa tal de Rosalie. Meu coração acelerou e o ar parecia pesado ao meu redor. Não, se Emmett estivesse interessado nela, ele teria que se conformar com a competição. Eu faria de tudo para me aproximar e conquistá-la.

Fiquei ali com meus pais, apenas encarando a imensidão verde com pequenos pontos de roxo, rosa, azul, branco e amarelo. Esme surpreendeu-me ao deitar a cabeça em meu ombro. Foquei-me em terminar de beber meu chá gelado e em pensar nas amizades de meus irmãos.

Ruth – nossa governanta e segunda mãe – chamou-nos para almoçar. Ela lançou um sorriso enorme ao ver Esme ao meu lado. Ignorei-a. Fomos os três para a mesa enorme da varanda, para degustar a belíssima lasanha que estava no tablado. O almoço por incrível que pareça, foi agradável. Carlisle mostrou-se mais receptivo e conversamos sobre a empresa, ações e alguns projetos. Esme nos olhava com um sorriso lindo no rosto e participando da conversa com interesse. Deliciamo-nos com um Petit Gateau feito por Ruth e depois voltamos a nos sentar nas cadeiras do jardim, tomando um café.

Depois, decidi assistir um filme, o qual Esme me acompanhou e Carlisle foi para um jogo de tênis com um tal de Charlie. O filme que minha mãe escolheu, era um clássico dos anos 90, pelo qual Anthony Hopkins ganhou o Oscar de Melhor Ator, ao interpretar Hannibal Lecter, em Silêncio dos Inocentes. Era o preferido de Esme e o meu também.

Depois do filme, decidi dar uma volta. A ansiedade era pungente em mim. Eu precisava de ar fresco e então, decidi ir até uma pequena cafeteria francesa que ficava a dez minutos de casa.

– Mãe, eu vou sair um pouquinho. Mais tarde eu volto.

– Vai demorar? Seus irmãos chegarão daqui a pouco.

– Não, só irei caminhar um pouco, tomar um ar fresco. – respondi.

– Tudo bem. Não saia sem os seguranças, por favor.

Dei um beijo em sua testa, peguei minha carteira e saí. Tyler e Riley me seguiram conforme os pedi. Eu andei tranquilamente até a Fleur, olhando para as mansões de Upper East Side, onde eu morava.

Adentrei o pequeno local, decorado com lindos quadros de paisagens da França e com belos vasos de flores frescas. Sentei-me e peguei uma revista qualquer de negócios, enquanto meus seguranças sentavam-se em uma mesa próxima. Pedi um Café Caribe, que consistia em café, conhaque, uma bola de sorvete de creme e chantilly. Fiquei pelo menos quinze minutos tomando a deliciosa bebida e lendo sobre algumas empresas da Europa que estavam sofrendo com a crise do Euro.

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