você sempre me teve na palma da mão, e sabia disso.
e eu sabia também.
e não importava o quanto eu quisesse, eu nunca conseguia te deixar, ou mesmo me livrar.
tu me controlava mais do que eu mesmo, e quando me dei conta, parecia uma extensão de ti.
não mais um eu singular, próprio e independente; mas um membro a mais no seu corpo.
e eu te agradeço hoje, por ter me amputado
pois eu sei que, se fosse por mim, eu ainda seria parte sua para todo o sempre.
porque eu nunca me amei o suficiente para fazer algo que pudesse mudar isso.
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Palavras a um (des)conhecido
PoetryEscrevo isto para um desconhecido: você. Porque eu te desconheci, após te conhecer de verdade. A obra "Palavras a um (des)conhecido" contém gatilhos que podem ser facilmente ativados; dependerá exclusivamente da intensidade e sentimentos do leitor...