Nascente

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 Noite fria, vazia, solitária.
Noite desolada e sem luar
Apenas as estrelas a me acompanhar.
Acima, estes pontos brilhantes
Abaixo, com os pés descalços
sou da relva, andante.
O fogo do dia se apagou,
mas a fria noite mal começou.
Já, agora...
As palavras me são escassas.
Sinto-me como se estivesse gritando,
porém amordaçada.
Meus pulsos, antes
por fortes correntes atados,
agora estão livres,
mas marcados pelas dores do passado.
Pelo breu da noite afora
Ando sem destino,
pois não quero escolher um caminho.
Meus olhos estão ardentes,
sinto-me sem ar,
agora sou uma nascente
no mar a desaguar.

Poesias de uma adolescenteWhere stories live. Discover now