Prólogo

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Chovia muito na estrada aquela noite, mas o que mais embaçava a sua visão eram as lágrimas salgadas que escorriam até sua boca, que arfava desesperadamente em busca de ar.

Ela precisava fugir. Ela estava fugindo. Seu coração doía tanto que, enquanto fazia curvas perigosas em alta velocidade, desejava poder arrancá-lo do peito.

A roupa molhada agarrada ao corpo limitava seus movimentos, mas ela perseverou em controlar o volante até um clarão tirá-la de seu sofrimento, envolvendo-a completamente em escuridão.

Se eu lembrarWhere stories live. Discover now