Seu milagre de Natal havia chegado.

— Eu acho que perdi o jantar? Não entendo muito bem dessas tradições, descobri que em algumas partes do mundo a ceia só acontece à meia noite...

Cristina largou os canivetes e correu para Kieran. Seu rei das fadas. O abraçando forte e quase o sufocando. Ele a envolveu na mesma ferocidade, suspirando, perdendo o ar, buscando os seus lábios na mesma intensidade.

— Me perdoe. — Ele começou a dizer. — Eu gostaria de estar aqui antes...

— Vamos falar disso depois. — Ela disse, o interrompendo — Agora eu...

Ela se afastou para olhar para Kieran que parecia cansado e abatido. Seus cabelos estavam compridos e emolduravam seu rosto perfeito.

Ela correu os dedos por suas bochechas e sorriu, aliviada.

— Vamos entrar, meu amor. — Ela disse.

Kieran não saiu do lugar. Ao invés disso, seu olhar se fixou em Mark, com uma expressão indecifrável.

— Mark.

— Kieran.

Kieran caminhou até o outro rapaz, que continuou com a pose rígida.

— Eu entenderei se não...quiser que eu fale com você. — Kieran começou a dizer, abaixando a cabeça. — Eu...Não fui muito justo com vocês, por favor, me perdoe.

Mark o abraçou, descansando a cabeça na curva do pescoço de Kieran. Um encaixe perfeito.

Tina às vezes sentia como se nunca fosse conseguir fazer parte daquilo, de Kieran e Mark. Eles eram intensos, ligados, e tinham uma história. Ela era a novata, e se sentia muito grata por amar e ser amada por aqueles dois homens, mas isso não a impedia de se sentir a terceira roda em algumas situações.

Contudo, ela sabia que esse pensamento não era real, eles funcionavam bem em três.

— Nunca mais faça isso. Eu quase morri de preocupação. — Mark disse, ainda em seu ombro. — Kieran, eu estou falando sério. Nós tínhamos um acordo

— Estava ficando cada vez mais difícil ir para a cabana com tudo acontecendo. Mas eu prometo me explicar, Mark. Prometo que não farei isso de novo e vou cumprir com essa promessa. Quero compensá-los por isso.

Mark o puxou para um beijo feroz e Tina percebeu que algumas lágrimas desciam por suas bochechas.

— Tudo bem. — Ele disse por fim. — Agora, vamos entrar antes que eu congele aqui fora.

Kieran segurou a mão de Mark de um lado enquanto levava Tina pela cintura do outro. Eles entraram em casa em silêncio, tentando não acordar ninguém.

Kieran parecia encantado, como uma criança na Disney pela primeira vez.

— É curioso. — Ele disse enquanto encarava toda a decoração. — Vocês colocam luzes em Pinheiros e bolas de plástico...É tão esquisito e lindo. Vocês, são seres admiráveis. E por que tem presentes no chão?

— São tradições mundanas que a clave nos caçaria por saber que praticamos.— Tina trouxe um cookie para ele. — Posso te contar a história depois.

— Eu vou amar ouvir, Cristina.

— Kier. — Mark disse, voltando o olhar do rapaz para si. — Nos conte o que está acontecendo.

Kieran suspirou, puxou uma cadeira e despejou a verdade sobre os dois.

O ar ficou estático e Tina jurou não conseguir oxigenar todo o corpo.

— Kieran você poderia ter contado para nós. — Mark disse.

— Meu doce Mark, sempre querendo estar por perto. — Kieran apertou as mãos de Mark. — Não queria envolver vocês em coisas perigosas do mundo das fadas.

— Nós somos caçadores de sombras, Kieran. Estamos acostumados a nos envolver em coisas perigosas. — Mark continuou.

— São outros tempos, fadas e caçadora não são como antes.

— Mas eu amo o Rei das fadas e pode ter certeza que quero me envolver nesses assuntos.

Kieran suspirou, e deixando o cookie de lado, ele levantou e caminhou até Mark, deixando um beijo no topo de sua cabeça.

— E eu amo o Blackthorn que passou pelo inferno por minha causa. E Amo também a mulher mais linda e corajosa que eu já vi. — Ele olhou para Tina. — mi amor, mi dama de la rosas. Espanhol é um idioma belo, ainda mais belo quando dito por você, Cristina.

Mark o afundou em um beijo lento e desesperado, sentindo o gosto de seu amor em sua língua e lembrando o quanto beijar Kieran era fascinante. Cristina sabia o quanto ele sentia falta dele, sabia o quanto aquele momento era importante e sentiu o seu coração afundar no peito.

Em pouco tempo os três era um emaranhado de bocas e braços mas não era o suficiente para tecer o espaço faltante entre os três. Longos meses distantes um do outro, corações partidos e omissões. Eles precisavam de mais.

Na ponta dos pés, eles foram até o antigo quarto de Mark, onde puderam se amar e preencher o vazio de quatro longos meses distantes.

Tina adormeceu com o rosto no ombro de Kieran, que cheirava a grama molhada após a chuva. Mark estava do outro lado, com um braço protetor sobre os dois. 



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Até a próxima! 

Feliz Natal - Fic KierarktinaWhere stories live. Discover now