Namore comigo

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Oi, pessoas! Bom, enfim, eu não tenho muita desculpa por ter demorado tanto, acho que foi mais a procrastinação, o fato de que recentemente fiquei muito viciada em um mangá, fazia tempo que não ficava tão louca assim por alguma saga, além da falta de retorno nessa história, embora isso talvez seja pela minha demora a postar, mas enfim, ainda estou pensando no que vou fazer com essa história, talvez colocar em hiato, não sei, preciso pensar.
De qualquer forma, esse foi um dos capítulos que mais amei escrever, é bem cheio de romance! Espero que gostem também!


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-Akihiko, Akihiko, acalme-se, por favor.- pediu Konnosuke- Acalme-se e me diga o que houve.

-O meu irmão- falei entre soluços. Droga, eu estava patético, não conseguia nem falar uma frase completa- O meu irmão não é meu irmão, ele é meu... meu primo.

Aquilo parecia tão estranho na minha boca, meu irmão era meu irmão, sempre foi... mas, na verdade, nunca foi.

-O quê? Do que você está falando, Akihiko? Respira fundo e se acalma.- pediu calmamente, sua voz como naquele dia que me salvou.

-É isso mesmo que você ouviu. Eu sou filho do homem que eu achei a vida toda que fosse meu tio...cara, eu tô parecendo parte do enredo de uma novela brega.

-C-como?- Konnosuke estava tão surpreso quanto eu

-Eu... eu não sei. Eu fugi de casa. Ou melhor, fui expulso. Quero dizer, não sei, nem sei direito o que aconteceu, mas eu briguei com Sorata e fui embora. Eu... eu não para onde ir, pelo menos não por hoje, então me deixa ficar aqui de novo? Por favor...

-Claro, pode ficar. Mas já tentou ouvir o lado do seu irmão? Talvez ele tenha um motivo...

-Motivo?- berrei, subitamente irritado- Motivo para me enganar pela minha vida inteira? Ele não tem motivo nenhum! Se você de repente descobrisse que era filho do seu tio, você ia tentar ouvir os motivos da sua mãe ou coisa assim? Cara, minha mãe também é uma traidora, ela traiu meu pai... que nem é meu pai, é meu tio!

-Calma...

-Eu tenho motivos para ficar calmo?- gritei

-Então grita!- ele incentivou em um tom mais alto e eu pausei um tanto surpreso- Eu imagino a bagunça e a confusão que deve estar na sua cabeça agora, então, se vai fazer você se sentir melhor, grite. Por que não? Pode gritar alto se quiser, se preferir, pode enterrar o rosto em uma almofada e despejar toda a sua dor nela! Eu fiz isso em uma caverna por mais de um ano e foi a melhor coisa que eu já fiz, então, grita, Akihiko! Põe toda a sua dor para fora!

E eu gritei. Gritei enquanto atirava as almofadas para fora do sofá, um grito sem palavras, sem significado a não ser a dor. Me lembrei de como os lobos uivam quando estão sozinhos e eu me sentia completamente solitário nesse momento e esperava que alguém pudesse encontrar o meu grito. Ou que eu pudesse encontrar a mim mesmo.

Depois do meu momento de selvageria, no qual caí no chão sem nem perceber, respirei fundo, arfando e fechando os olhos. E aí deixei as lágrimas lavarem a minha alma, deixando que toda a dor fosse expulsa na forma daquele líquido que escorria dos meus olhos.

-Melhor?- perguntou meu professor da porta da cozinha com dois potes de macarrão instantâneo nas mãos.

-Um pouco.- falei, um pouco surpreso por estar com a voz meio rouca

-Que bom. Aproveitei que estava com água na cafeteira e aproveitei para fazer isso aqui para gente. É rápido e simples, pensei que pudesse estar com fome ou com frio...- ele comentou, colocando os potes na mesa de centro e só então percebi o quanto meu corpo estava gelado.

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⏰ Last updated: Feb 01, 2020 ⏰

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Apaixonado pelo meu professorWhere stories live. Discover now