Chapter 4 Parte 2

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– Era noite em Auckland, Nova Zelândia. O moreno de cabelos encaracolados se arrumava em frente ao espelho e era notório que sua beleza saia dos padrões. A personificação da perfeição em Pessoa. Seu melhor amigo estava sempre ao seu lado, não tão bonito mas também não ficava atrás, os dois faziam uma dupla imbatível há quem diga que eles são os mais –

– O que está fazendo Todd? É sério que você esta narrando nossa arrumação?

– É só pra você ver como teríamos potencial pra uma série da netflix se chamaria, Dylan e Todd, ou Todd e Dylan? Algo meio Drake e Josh eu adoraria.

– E que história é essa que eu sou menos bonito, de onde tirou isso? Sua imaginação anda muito fértil meu amigo.

Coloquei o outro braço vestindo o casaco por completo, me debrucei na estante com o óculos escuro em mãos pensativo. Na realidade eu não queria sair essa noite, só que uma coisa que aprendi é que você acaba fazendo de tudo por seu amigos, até beber numa quarta feira. Pra falar a verdade eu não tinha nenhum entusiasmo nisso, soltei uma respiração pesada colocando os óculos de uma vez me virando. Pensando por outro lado, vai ser bom sair com os todos juntos um pouco, peguei a Bengala fechada
dentro da gaveta.

– Vamos Todd ?

– Calma, arrumar cabelo cacheado é difícil, se puder esperar.

– Se eu me lembro bem seu cabelo é ondulado, faz tempo que não o toco.

– Desculpa aí senhor eu tenho cabelo liso ele já acorda arrumado.

– Pior que é verdade, eu não arrumei mesmo. Vou te dar um tempo enquanto espero, estarei lá pra baixo, vê se não demora.

– Pode deixar, mamãe.

Dei as costas saindo do quarto enquanto guardava a carteira no bolso da frente, e mantinha a Bengala comprimida na mão. Deslizei a mão pelo corrimão frio de madeira e parei, antes de descer....não me sentia confiante hoje, não nesta hora era como se sem a Bengala o que estava adiante de mim, fosse uma grande lacuna. Tudo quieto, um grande vazio, cedi desamarrei o elástico que deixava fechado o bastão fazendo a abrir de uma vez só, o som era o mesmo de outras vezes rápido e agudo. Adentrando o elástico em meu pulso para evitar perdas ou quedas, movimentei a Bengala por toda extensão do degrau a baixo de mim.

– Dylan!

Meu corpo todo estremeceu com o toque me puxando pra trás, logo impedindo que eu descesse e meu coração pulou algumas batidas com a voz repentina que vinha atrás de mim do lado direito, Kiara sutil como sempre, levei a mão até o peito senti o as batidas aceleradas.

– Não faz isso Kiara, quase me matou.

– Não é você quem tem a audição boa?

– Sim, mas eu estava concentrado em meus pensamentos, deixa pra lá, que houve?

– Eu só queria saber... – seu vozelar ficou mais baixo, uma certa tensão deixava nítido o modo em que o assunto parecia ser confidencial só por sua entonação, passou do meu lado direito para o esquerdo. E suas mãos repousaram sobre meus ombros os massageando. – sobre a discussão, com a Nádia, ao certo o que aconteceu?

– Não é um assunto que eu queira falar desculpe, sei que ela é sua melhor amiga, mas acho que é pessoal.

– Sem esse papo estou falando sério, comigo não precisa ter a pose de metido, ou fingir que é discreto com as questões de sua vida, você conta tudo pro Todd.

– Falou certo, pro Todd. Vocês são namorados mas não são a mesma pessoa. E outra coisa, a Nádia é sua melhor amiga porque ela não te conta? Podemos apenas esquecer esse assunto.

Love Isn't Blind, It's RetardedOnde as histórias ganham vida. Descobre agora