Ciclo da existência

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Eu sequer caberia dentro de ti, preferi largar e te ferir do que fazê-la me seguir, eu mesmo em alguma curva dessa eu me perdi.


Já nem tenho mais sombra apenas bebo a luz que irrompe de mim, nas minhas vastas virtudes me conforto em solidão.


O teu olhar me matando por instantes faz com que eu só pense em ti, então apenas me abrace e não ouse soltar.


Seria abrangente a saída de algum esmorecimento numa vida tênue, entre esquizofrenia e convicção.


Sem saber nadar jogaram-se os ímpios em uma tempestade de caos agridoce, tirando o peso de seu desígnio.

Não me abandone grita os infiéis e Inférteis de amor fazendo-os padecentes a tua angústia.


O amor nos trata como um impreciso produto sem preço em lacunas de sua prateleira efêmera.


É piamente compreensível matar pela lei ao invés de morrer pela levante utópica.


O ápice da humanidade é dignificar o ato de fazer amor do que puramente vivê-lo.


Deixe-me ir, ainda sinto as pétalas de rosas e o ar da morte em seu cheiro alucinante.


Lido como um livro, minhas anuências se tornam poesia em olhos pegajoso e frios.


O veleiro carrega almas inclementes no que pode ser o último ato de misericórdia.


Morreu a bruta existência de viver em uma alma pacata esvaindo-se dos seus por quês.


De que serve o misticismo se a verdade é inquebrável.

TransformaçõesWhere stories live. Discover now