Capítulo 7 ** TORTURA

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- Não sei

Ele abaixa a cabeça e começa a balançar negando.

- Eu pedi com educação pra você cooperar, mas você prefere violência. Ok

Ele se levanta e pega a madeira. Fecho meus olhos e sinto ele bater em meu rosto. Sinto muita dor.

- Agora me diga. Onde está o portal?

- Eu não sei

Ele olha pra fora. Naldo e Betinho observam e dão risada. Vejo Robert quebrar a madeira ao meio no joelho e com a boca começa a morder a madeira. Ele vira. A madeira agora está parendo uma lança. Ele aponta ela pra mim. Segura ela com as duas mãos e enfia em minha perna.

Ela fica atravessada em minha coxa direita. Grito de dor. E agora começo a chorar

- Por favor pare! - imploro.

- Diga onde está e eu pego leve com você.

- Por favor eu não sei

Ele pega outra madeira e começa a morder. Criando outra lança.

- Por favor! Começo a chorar de dor.

Minhas mãos estão amarradas. A lança na minha cox, queima.

- Eu só vou parar quando souber do.portal.

- Eu não sei...

- Resposta errada. - Ele me bate com a madeira. E sinto o sangue escorrer em minha boca.

Abaixo a cabeça.

- Cansou de apanhar? - ele segura a lança - Só essa, se você não gritar eu paro. Mas se gritar eu parto pro nível 2

Ele posiciona a ponta da lança na minha coxa esquerda.

- Lá vai... 1... 2...3...

A lança atravessa lentamente. Me causando dores por todo o corpo. Não consigo segurar. E grito.

- Ah não você perdeu! - ele ri - e adoro quando perdem.

Não consigo mais falar. Somente chorar. E pedir pra Deus me ajudar.

- NALDO! - ele grita.

- Senhor?

- Rasgue toda a roupa dele. E traga o gelo.

Estou nú. Naldo e Betinho riem sem parar junto com Robert. Eles pegam gelo e brincam de quem acerta o alvo. Eu sou o alvo.

Gelo em meu rosto. Bate em meu olho. Boca. Testa. Era motivo de piada.

- Onde é que está o portal?

Balanço a cabeça.

Ele fica em silêncio. E de repente ele grita.

Meu ouvido doe. Os vidros do bar se quebram e muitos me acertam. Em seguida o vento da madrugada invade o lugar. Me arrepio. Sinto tremedeiras. Sinto frio.

- Acho que ele está com frio! - diz Betinho.

- Posso esquentar ele Robert? - pergunta Naldo.

- Vai lá... me surpreendam.

Betinho se aproxima de mim. Ele apoia nas madeiras na minha perna. Sinto dor e grito.

- Me diga onde está o portal! - ele diz - se você me contar eu mesmo te liberto.

Chorando eu balanço a cabeça.

- Ok. Você quer sentir mais dor!

Betinho se abaixa e pega um pedaço de vidro. E corta meu peito.

A dor já não aparece.

- Fala droga! - ele grita e me bate com um pedaço de madeira que pegou do chão.

- Sai dai. Deixa comigo. - Diz Naldo vindo com dois baldes - agora vai ficar frio - ele mira em mim e joga a água gelada em mim.

Sinto um choque. E me desperta todas as dores.

- Mais isso é ótimo - vibra Robert - Jogue o outro - ainda não - ele olha nos meus olhos - esse vem depois do fogo. Quero causar um choque termico

- Tá aqui Naldo. - Betinho entrega papeis e uma caixa de fósforos pra ele

Naldo se abaixa e coloca os papéis debaixo da cadeira. Betinho fica me furando com a faca que encontrou na cozinha. Robert fica rindo. Tudo fica mudo. As risadas de Robert. A voz baixa de Naldo. Os gritos de felicidade de Betinho.

O cheiro de queimado sobe até meu nariz. O calor na perna começa. Robert se aproxima com duas garrafas. Leio no rótulo GASOLINA.

- Por favor! - peço pela ultima vez.

O líquido desce pela minha cabeça e espalha pelo meu corpo. O fogo sobe.

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