II

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Tomlinson estava voltando para casa quando encontrou seu amigo Zayn, desesperado no meio do caminho.

– Louis! – correu para abraçar o amigo. – Cara eu estava ficando louco, achei que tinha sido pego.

– Quase isso. – levantou as sobrancelhas e franziu os lábios. O amigo o olhou estranho e logo começou a falar:

– O que? Como assim? Explique-se. Perguntou confuso.

– Vamos para a minha casa que eu te conto. Aliás... – coloca a mão no bolso, retirando o botão. – Eu preciso costurar isso.

Os dois caminharam até a casa de Louis. Zayn o enchia de perguntas, mas o moreno não falava nada além de "quando chegar te conto".

Assim que chegaram, o garoto procurou pela mãe, mas ela ainda não havia chegado. Então subiram a escada de madeira até o lugar que ficava o colchão do menor.

Os dois sentaram em posição de índio de frente para o outro. Louis então deu início a sua fala.

– Eu dormi e acordei com Harry Styles me chamando. – bastou essa pequena frase para Malik ficar boquiaberto com a situação.

– Puta merda, Lou! – ele parecia desesperado demais para o estado que Tomlinson estava, calmo e com uma expressão tranquila.

– Espera, ele gostou de mim e prometeu não contar a ninguém que estive lá. E adivinha?

– O príncipe gostou de você? Mas o príncipe não gosta de ninguém. – Zayn realmente estava confuso, era algo novo para ele. Principalmente esse negócio de Harry Styles gostar de alguém, era muito estranho.

– Eu sou uma pessoa que encanta a todos. Adivinha o melhor?

– Conta.

– Ele pediu para eu levar um dos famosos chás da mamãe!

– Eca! Os medicinais? – fez uma expressão de nojo.

– Não, idiota, o da tarde!– exclamou.

– Oh, claro, como pude esquecer? E você vai?

– Vou.

– Você está louco? E se for uma emboscada? – o amigo franziu as sobrancelhas. – E se o pai dele estiver te aguardando?

– Ele não vai estar. – mas Louis ficou com uma pulga atrás da orelha. Se realmente Styles estivesse o enganando para prendê-lo na mais terrível masmorra, sem comida, água e luz. Ele estaria sujeito ao mais puro sofrimento pela eternidade. E não, Louis Tomlinson não é dramático.

– Melhor você não ir. – colocou a mão no ombro do amigo. – Como seu melhor amigo de toda a vida, lhe aconselho a ficar aqui comigo e não correr o risco de ser pego.

– Vou pensar na sua proposta. – deu um sorriso sem mostrar os dentes.

A teimosia corre nas veias de Louis Tomlinson.

Assim que amanheceu, Zayn precisou voltar para casa e ajudar nas tarefas da manhã, e Louis foi buscar suas irmãs na casa da vovó.

– Mamãe o senhor Gabriel disse que a carroça estaria na estação de trem, mas lá não tem carroça, cavalo e nem ninguém!– o garoto voltou aos berros assustando a mãe que costurava os buracos dos casacos dos filhos. O inverno estava chegando e ninguém poderia passar frio.

– Oh, filho. Vai lá e espere um pouco, aposto que daqui a pouquinho ele chega. – sua mão manuseava com destreza a agulha, fazendo com que os buracos sumissem e parecerem que nunca existiram.

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