Capitulo 1 - A Despedida.

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Agora eu estava segura do que estava fazendo, e também que era a coisa certa, me casando com o homem perfeito.

E ao olhar para essa sala com mais de vinte mulheres suspirando ( incluindo a tia Margareth)  ao ver o anel de brilhante enorme que carrego no dedo, posso dizer que estou feliz, e um pouco apavorada também.

Porém estou muito segura, afinal ainda tenho 10% dos meus óvulos vivos esperando que o meu belo marido que os fecundem e gerem novos herdeiros que vão perpetuar o nosso sobrenome e herdar a herança de nossos pais.  

— Cassye, querida mostre mais uma vez o seu anel. — Donna,  minha amiga desde a época de fraternidade e minha madrinha,  exige pela quinta vez que eu exiba meu anel de noivado no centro da sala da casa de praia dos meus avós.

Eu estendo a minha mão, e na sala ecoa em um uníssono de suspeitos Uau! e Oh Meu Deus!

O modelo nem é o meu favorito.

O anel é bonito,  mas meus designer de joias já fizeram modelos muito mais robustos e mais sofisticados do que esse.

Porém o dia em que meu noivo entrou em uma das trinta joalherias que eu tenho espalhada pelo país ( e esse número faz jus a minha idade, meta de vida uma filial por cada ano de Vida), ele não enxergou aquelas peças sofisticadas, com aquele diamante robusto mas com delicadeza suficiente para estar nas mãos de sua noiva.

Eu vendia joias desde os meus vinte e seis anos e quando terminei meu doutorado em administração de empresas, resolvi montar minha própria rede de joalherias Essenza, e por todos esses anos eu namorei e sonhei com o anel Essenza III que um dia ele estaria no meu dedo.

Ele era todo de ouro branco com um diamante gema central, rodeado por gotas de micros diamantes em volta do solitário, vi poucas noivas serem contempladas por aquela linda peça por todos esses anos que administro minha rede, acho que o preço alto da peça proporcionava esse lamentável fato.

Porem não podia negar que estava feliz em exibir meu dedo com um anel em ouro com uma pedra de rubi em forma de coração, era a última peça da coleção lançada nesse ano, e o modelo Lovely estava virando febre pela América, afinal o rubi para os românticos é a pedra do amor, e eu acho que meu noivo usou esse critério na hora da sua escolha.

— Meu Deus Cassye foi você quem criou essa peça, ela é linda.— Mia minha outra melhor amiga e conselheira pega na minha mão e inspeciona o anel como se ela fosse um funcionário meu do setor de qualidade.

— Não — eu puxo minha mão das dela. — minha designer que criou essa peça.

— Meu filho tem muito bom gosto!— Eleanor ou apenas Eli para os mais chegados e minha futura sogra  cacareja na  sua forma elegante de ser para que toda sala volte a suspirar com o quanto seu filho é romântico.

Esse papo já está me irritando e me questiono aqui na frente  de todos, onde eu estava com a cabeça quando concordei em fazer um casamento na véspera de natal, na casa de praia dos meus avós em Charleston na Carolina do Sul e com tantos convidados assim.

Tudo bem nós dois amávamos o Natal e era aqui nessa casa que passamos muitos natais reunidos, e era uma tradição para os Maccabee se casarem na véspera de natal e nessa casa, mas agora não via  muito mais  sentido em estar fazendo isso, justo eu que sempre sonhei em me casar dentro de alguma gruta ou embaixo de uma cachoeira no Havaí.

No entanto  meu noivo achou melhor estarmos aqui, assim como ele também achou melhor escolher o anel com rubi e não com diamantes.

E no fundo ele tinha uma boa desculpa, fazia anos que toda a nossa família não se reunia no Natal, e querendo ou não isso era muito dolorido.

Fica Comigo  (em Revisão) Where stories live. Discover now