IV - Ali estava o abominável altar de ouro e ossos

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    Ali estava o abominável altar de ouro e ossos, cercado de ossadas. Não queria olhar, ali poderia estar sua mãe, aquele ali poderia ser seu pai, seu irmão... a angustia da morte de entes queridos e o incômodo quase horror de que somos tão tetricamente iguais após a morte.
    Ultrapassando o monte, pôs os pés no chão. A porta do corredor que ligava a casa ao galpão estava somente encostada. Entrou. Sentia um temor respeitoso que disputava espaço com a pressa, o coração batia forte, na força da disputa dos sentimentos.
    Lágrimas aos olhos, chega às bochechas, a casa por dentro estava idêntica a cada uma de suas memórias. Subiu as escadas que pareciam ser maiores quando era menor, subiu com a pressa, os dois estavam lá em cima, a outra estava longe, andando a esmo.
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nota: sem compromisso, vou colocando coisas minhas que estou digitando, ok? Pode ser texto do livro que termino nunca, pode ser trecho rejeitado do mesmo, alguma história maluca que tenha tudo ou nada a ver com livro, algum rabisco antigo que decidi digitalizar. Pode ser coisa que vou editar mil vezes até me agradar, pode ser algo que vou digitar, por aqui e esquecer pra sempre

Digitando:Where stories live. Discover now