Capítulo 2

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--Por favor, não toque em nada.

Enquanto acendia a luz do ateliê que ficava no apartamento, Camus advertiu Milo.

--Como posso posar sem tocar em nada?

Ele dava aquele sorriso de novo, vendo como Camus arrumava agora os lápis ao lado de um cavalete já montado, que estava de frente para um enorme vaso de flores.

Camus tirou a tela que estava no cavalete substituindo por papel. Iria provar que conseguia desenhar Milo.

--Tire a roupa.

Ele falou a ordem secamente.

--Os franceses são sempre rudes assim? Me pague um jantar antes.

Milo gracejou, mas já tirando a roupa e se posicionando na poltrona que Camus havia colocado no centro.

--Eu disse, tire a roupa.

--Já tirei.

--Tudo.

Camus ressaltou, encarando a box preta justa que se prendia às coxas musculosas. Milo sorriu, tirando ela e sentando novamente.

--Fique como achar mais confortável.

Camus instruiu, observando aquele corpo grande e musculoso se jogar na poltrona de forma displicente.

Com os braços atrás da cabeça, flexionando os músculos, as pernas levemente separadas por cima do braço da poltrona, seu membro apoiado na coxa, dando para ser pouco visto.

Era um homem sem nenhuma vergonha realmente.

Assim que Camus começou a riscar o papel, Milo começou a encarar ele com aqueles olhos azuis.

--Você fica bonito concentrado...e de cabelo preso.

--Não tente me bajular depois de tudo.

O ruivo falou estreitando os olhos, tentando focar em como o cabelo caía em cascata pelo braço da poltrona.

Passaram-se alguns minutos e Camus estava começando a detalhar a cintura de Milo quando percebeu algo que não estava lá. Ficando corado automaticamente, e olhando o rascunho feito previamente, aquilo com certeza não estava daquele tamanho.

--Camus, está da cor do seu cabelo.

Milo se moveu um pouco, fazendo com que seu pênis ficasse ainda mais evidente. O que antes Camus considerara sem graça e de pouco apelo havia se tornado no mínimo interessante. Camus já tinha lido sobre caras que normais eram pequenos, e excitados podiam triplicar o tamanho, mas nunca tinha presenciado isso acontecer.

Ele lambeu os lábios secos, encarando o falo que mostrava sinais de um pré-gozo na ponta.

--Sabe, minhas costas começaram a doer...

Milo fez menção de levantar, mas foi detido pelo sotaque carregado de Camus.

--Fique onde está.

Até as pontas de suas orelhas estavam vermelhas. Ele sentia seu próprio membro pulsando dentro da calça. Milo sorriu com todos os dentes vendo a reação do ruivo. Levando a mão de forma travessa até o membro, começando a se tocar encarando sem nenhum pudor. Ele passou a outra mão pelo peito, fazendo o caminho que Camus queria fazer com as próprias mãos.

Emaranhar os dedos naqueles pelos dourados, do peito, do cabelo e então afundar sua boca nos curtos pelos dourados do meio das pernas daquele grego.

Ele finalmente largou o lápis na mesa de apoio e seguiu para a poltrona, não ligado com quão aparente estava sua excitação, afinal, era ela que estava fazendo ele ser impulsivo assim.

Fazendo ArteWhere stories live. Discover now