Amélia tentava falar com ele, porém ele ignorava.

Ele parecia outra pessoa, parecia... louco.

E ele literalmente estava, depois de uma invasão na minha casa, e ele tentar me forçar a ter relações sexuais com , consegui chamar a polícia, e depois de uma avaliação, ele foi diagnosticado com esquizofrenia. E em um desses surtos, ele foi até minha casa.

Ele foi levado para um hospital psiquiátrico, pois a sanidade dele estava colocando outras pessoas em risco.

— Eu quero ir embora...— ela murmurou, e logo vi Aubrey se aproximando, ela estava com um semblante preocupado.

— Está tudo bem? Você sumiu, e...— ela parou assim que viu que Amélia estava chorando.

Aubrey a abraçou, e acariciou as costas dela.

— Você pode levar ela para casa?— Aubrey assentiu.— Está tudo bem, Amélia, vai ficar tudo bem.

— Me desculpe... eu quem deveria estar te dando apoio. Mas eu...

Abracei ela. Sabia que descobrir tudo que o irmão tentou fazer, afetou ela.
Eles eram bem unidos, e isso abalou ela.
No começo ela ia visitar ele no hospital — mesmo que ele tenha sido enviado para um hospital em outra cidade—, ela ia ver como ele estava, mas com a indiferença dele, ela acabou se afastando de vez.

E vê-lo novamente deve ter a deixado confusa.

Confesso que fiquei um pouco surpresa, mas não com medo.
De alguma forma, saber que ele está aqui, não me deu medo. Claro que fiquei um pouco assustada no começo, mas já se passaram tantos anos.

Se ele saiu do hospital, é porque apresentou melhoras em seu comportamento.

A esquizofrenia ainda é um mistério. Não se sabe de onde ela surge, ou como. Psiquiatras estudaram o DNA de pacientes diagnosticados com esquizofrenia, a procura de alguma mutação genética, mas nada foi encontrado. A única coisa que é realmente comprovado, é que pessoas com parentes esquizofrênicos têm mais chances de ter a doença.

Por ser uma doença crônica, não tem cura, mas há tratamentos, que pode fazer com que a pessoa viva uma vida melhor.

— Vamos, eu te levo para casa— falei, saindo dos meus pensamentos, e pegando minha bolsa, e caminhamos em direção à saída.

Entramos no meu carro em completo silêncio, e o caminho também foi silencioso.

Estacionei em frente à casa de Liza.

— Obrigada, Mi.— Ela beijou minha bochecha— acha que Amélia vai ficar bem? Ela ficou abalada ao ver o irmão...

Suspirei.

— Tenho certeza que sim. Aubrey ficará com ela. Ela ficou chocada, mas vai ficar tudo bem.— Falei, a oferecendo um sorriso fraco.

Liza assentiu, e saiu do carro, mas antes de entrar em casa, ela me olhou e disse:

— Tome cuidado, não sabemos como ele está, e se...

— Vou tomar cuidado— a interrompi— se cuida.

Ela assentiu, e passou pelo gramado, entrando em sua casa.

Comecei a dirigir pelas ruas vazias, tendo como destino a casa de Ethan, para buscar Alicia.

Olhei pelo retrovisor, tendo a sensação de estar sendo seguida, mas tentei ignorar.

Quando eu já estava na rua onde Ethan morava, senti um impacto na parte de trás do carro. Minha cabeça foi contra o volante, e eu freei bruscamente. Desci do carro, totalmente irritada, mas parei brutalmente quando vi a figura de Thomas na minha frente.

THE LOVE #1 ✓Where stories live. Discover now