Capítulo 1.

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Dezembro de dois mil e nove chegou como todos os anos anteriores, com a minha família organizando a viagem para o chalé da família em Aspen

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Dezembro de dois mil e nove chegou como todos os anos anteriores, com a minha família organizando a viagem para o chalé da família em Aspen. Esse ano eu não queria ir, não queria ver os meus irmãos com as suas famílias e nem ser forçada a esquiar no frio congelante. 

Estava cansada do trabalho, da rotina que eu tinha me afundando havia dois anos, mas depois de Tim, não tinha vontade de comemorar mais essa data. Meu ex-noivo tinha acabado com essa alegria. Ele tinha que ter me traído justo na véspera de natal? Ao lado da minha árvore? Essa traição tinha me marcado muito, ninguém podia me culpar.

Por isso quando a minha mãe me ligou com a intenção de marcar as datas do meu vôo, eu estava me sentindo um pouco fora de mim.

— Mãe, não vai dar para viajar. — eu disse gentilmente, esperando a explosão da senhora O'Malley e não fiquei decepcionada. 

— Mas é uma viagem em família, você sabe disso, Lana. Você vai, e não me arrume desculpas. Você tem que esquecer o Tim, querida. 

Revirei os olhos e suprime a vontade de bater a minha cabeça na superfície plana mais próxima. 

— Mãe, eu já esqueci. — disse a verdade, Tim tinha me magoado profundamente, mas não vivia a minha vida em função dele. Ele era passado. — Vocês que não esquecem dele. Todas as vezes que estamos juntos, vocês tocam no nome babaca do maldito. 

— Lana Evelyn O'Malley não amaldiçoe. 

— Desculpa, mãe. Não vai dar para viajar por causa do trabalho, estou atolada na loja. — disse uma meia verdade. 

— Você gostava tanto dessa época do ano até recentemente, para onde foi o seu espírito natalino? — alguém tinha comido ele na hora da janta, mas não falei isso para a minha mãe. — Lana, você vai ter que vir. Arrume um jeito. 

— Mãe…

— Não, filha. Tenho certeza que você ainda nem decorou o seu apartamento ainda, você tem que fazer um esforço. Criar novas lembranças, e pode fazer isso em Aspen com a sua família. 

— Vou tentar ir. — não gostava de mentir de modo geral, mas queria apaziguar a minha mãe.

— Nada de tentar, você vai. Mais tarde eu ligo para dizer o nosso plano de vôo. Tchau, amo você.

— Amo você também.

Me joguei no sofá, pensando no que me livraria de certeza dessa viagem, mas nada vinha a minha mente. Talvez correr um pouco limpasse a minha mente, e algo surgiria. Olhei em volta do meu apartamento, onde não se encontrava nenhum enfeite natalino, e talvez a minha mãe estivesse certa. Eu tinha que criar novas lembranças. 

Pensaria nisso com calma, agora queria me exercitar um pouco. Troquei a roupa quentinha que tinha colocado quando cheguei em casa depois do trabalho por uma roupa leve para ir a academia do prédio. Peguei o celular antes de sair do apartamento e dar de cara com o meu vizinho gostoso. 

Me atrapalhei um pouco na hora de fechar a porta, porque o homem sempre era um colírio para os meu olhos e me deixava um pouco nervosa com a sua presença. 

— Oi, Lana. Indo correr? — Dominick Martel, mais conhecido como Dom, o cara em que eu pensava às vezes quando estava sozinha na cama, perguntou.

— Na academia hoje, está muito frio lá fora. — eu sorri, um pouco confusa por sempre me abrir um pouco com ele.

— Certo, até mais tarde, Lana. 

— Tchau. 

Tentei não correr até as escadas do prédio, porque provavelmente cairia, era esse o meu tipo de sorte. Tirando essas pequenas conversas nos corredores, que usávamos os nossos primeiros nomes, eu não sabia muita coisa além disso. Ele era Chef em um restaurante muito badalado da cidade, mas também não tive oportunidade para provar o seu tempero. Bem, eu queria poder provar outras coisas, mas ninguém precisava saber disso. 

Fiz o meu aquecimento quando cheguei na academia, perdida em meus pensamentos e depois fui para a esteira. Depois de trinta minutos fazendo esforço, e suando que nem uma condenada, não me veio nada que me faria escapar da viagem à Aspen. 

Só a certeza de que eu não queria ir, e faria de tudo para isso não acontecer. 

Minha mãe que me perdoasse.

Quero um Dominick na minha vida!

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Quero um Dominick na minha vida!

Aconteceu em dezembro. Where stories live. Discover now