Capítulo 3

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Quando o colega do homem percebeu que ela encarava as suas costas, deu a ela um sorriso engraçado e logo puxou o bendito para que pudesse ver que a bebida surtira efeito e que os resultados poderiam ser bons no fim da noite. E de repente, Diana se lembrou de onde tinha visto aqueles sapatos, aquela jaqueta e aquelas costas que ela já tinha arranhado, mordido e admirado por um longo tempo. Um pouco desesperada, a mulher olhou em volta, o seu passado batia em sua cara e não havia para onde ela ir, porque de repente todas as pessoas se tornaram extremamente conhecidas. Todos eram amigos dele também, ela sabia porque fora com ele em tantas festas que chegou a guardar a imagem de dois ou três. Contudo, o barman ainda era o barman e isso era bom, ela não o conhecia, talvez pudesse confiar nele. Sendo sincera, foi a coisa mais sensata que Diana fizera.

⸺ Brigou com o namorado? ⸺ Continuou o loiro, totalmente curioso para saber o que tinha passado na vida da mulher em sua frente. Voltando do transe, Diana se virou para o balconista com um sorriso de deboche no rosto. Suava frio e sentia suas pernas falhando, jogando fora a possível e considerável ideia de sair correndo daquelas pessoas.

Com uma careta pela bebida que ainda ardia em sua garganta, a ruiva balançou a cabeça negativamente e novamente. Ou talvez tenha sido a bile que subira quando sentira olhos queimando a sua pele, e mesmo estando ali, longe do seu passado, Diana engatou em uma pequena oração. O desconhecido não era tão desconhecido, ou poderia ser desconhecido e ela só associara ao conhecido que a tanto quebrou.

Mas, o homem já estava perto quando ouviu o barman perguntar a Diana sobre seu momento, e sendo como é, chegou no maior estilo em que um cafajeste pode chegar.

⸺ Eu posso tentar isso... Lembrou de mim e sentiu saudades? ⸺ A voz doce e marcante soou atrás de Diana, virando a cadeira para encarar o homem, a mulher quase quis matar os adolescentes que invadiram o bar perto de seu trabalho.

Diana se virou para frente fazendo uma cara feia para o homem, mesmo sabendo que ele não podia a ver. Mas o garçom viu, e sorriu com orgulho.

⸺ Pensei que tinha superado isso, Diana. ⸺ O homem disse, sentando ao lado da ruiva. ⸺ Foi no Natal passado, já faz um bom tempo. Todos superaram, menos você. ⸺ Disse estendendo o braço como se apresentasse o público a ela.

Diana encarou o rosto perfeito em sua frente e ponderou o que diabos Christopher estaria fazendo ali e falando aquelas coisas. Contudo, os detalhes do rosto do homem não eram irrelevantes ao ponto dela ignorar por completo a beleza que ele tinha. Quase não havia nada de diferente em seu rosto desde o ano passado, mas tudo havia mudado. Tudo.

⸺ Vai para o inferno.

⸺ Não faz assim, Diana. Eu fico tristinho com esse comportamento. ⸺ Christopher lançou a ela um biquinho de decepção puramente fictício.

O garçom encarando tudo aquilo apenas se deu por vencido e se virou, deixando o ex-casal resolvesse seja lá o que tivessem para resolver.

⸺ Filho da mãe. ⸺ Bravejou a moça, baixo, mas letal.

Christopher apenas tentou esconder o sorriso que estavas prestes a soltar, colocou a mão no bolso e de lá tirou a sua carteira. Puxou um pequeno papel que estava guardado e colocou no balcão, arrastando-o para que Diana olhasse do que se tratava.

É natal, e eu te amo.

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