Devaneios de Sam

Escolhas

Quando eu tinha 7 anos tive que escolher entre ir morar com o papai ou ir morar com a mamãe, pois ao se divorciaram eles decidiram que pelo menos essa escolha deveria ser minha, apesar da minha imaturidade devido à idade.
-Filha quero que saiba que independente de sua escolha nós te amaremos da mesma forma- Mamãe falou, e eu só conseguia pensar o que será independente?

Obs: mais tarde eu descobri o peso dessa palavra e o quão difícil é ser uma pessoa independente, tendo que se virar sozinha e ao apanhar ter que se levantar ,para não ser derrubada pela vida.

Não me lembro exatamente porque, se era pelo fato dos meus pais estarem se separando, ou eu ter que ficar longe de um deles ou ambos, só sei que quando reparei já estava chorando e abraçando minha mãe. Entretanto, por mais que essa não fosse minha intenção ,no momento, eles interpretaram minha ação como: prefiro ficar com mamãe, nisso meu pai apenas disse:
- Eu te amo filha, e sempre estarei com você em meu coração,independente da distância e eu prometo que sempre que precisar estarei com você.

A questão é :nem sempre cumprimos o que prometemos e essa não foi uma exceção, o pior é que ele tinha uma escolha :de não prometer o que não planejava cumprir, mas ele escolheu a mentira e consequentemente me decepcionar no futuro.

Outra escolha importante eu tomei aos meus 14 anos quando descobrir que meu namorado estava me traindo.
-Calma amor eu posso explicar- Será que tem um livro com expressões para usar quando trair sua namorada ? Porque são sempre as mesmas desculpas.

-Ela quem me beijou- Nessa hora a menina sentou um tapa na cara dele e eu percebi que a escolha de trair foi dele e dela e que a minha escolha seguinte foi a certa:
Eu não disse nada, sai e mandei uma mensagem para ele : Até nunca mais otário.
E pelo mais incrível que pareça não chorei, pois no fundo sabia que não o amava de verdade e que por pior que pareça só estava com ele porque estava na onda dos casalzinhos e eu não quis ser excluída por não fazer parte, então escolhi um cara gato popular não tão entediante e comecei a namorar ( não foi tão simples quanto parece mas isso é história para outro capítulo) .

Bem escolhas são complicadas e às vezes as fazemos sem perceber, o problema é que suas consequências não são opcionais e como diz o velho ditado no final acabaremos por: Colher o que plantamos.