Wheels on the bus

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   Acordei cheia de energia, embora mal tenha conseguido dormir, devido à ansiedade

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   Acordei cheia de energia, embora mal tenha conseguido dormir, devido à ansiedade. Levantei-me da cama, e despi o pijama, levitei o uniforme para cima de mim e levantei os braços para poder vesti-lo de uma só vez. É um pouco piroso, mas tenho de admitir que não me importo nada. Fui até à cozinha onde a Madame Cosette, a minha ama, estava a preparar-me o pequeno-almoço. Parecia mais alegre do que nos outros dias mas igualmente cansada, talvez porque o meu pai tenha estado muito ocupado e ela tenha de cuidar de mim a tempo inteiro. Comi o mais depressa que consegui e fomos as duas para a paragem, lá estava uma menina com um uniforme de uma cor diferente do meu, o que me chamou à atenção. Fui falar com ela e disse-lhe que gostava do seu uniforme, ela retorquiu dizendo que gostava do meu cabelo.
   Sem tempo para mais conversa o autocarro chegou - e era rosa! -  gerando conversas e despedidas entre pais e filhos. Quando me virei para me despedir da Madame Cosette, ela já tinha ido embora, fiquei um bocadinho triste porque não iria vê-la durante imenso tempo e nem pude dizer adeus, assim como ao meu pai. Quando a minha nova amiga viu que eu parecia triste, ela pegou na minha mão e disse:

- Não está aqui ninguém para de despedir de ti?

Eu acenei negativamente enquanto olhava para o chão.

- De mim também não... Mas pelo menos não nos vamos despedir um da outra porque vamos juntas, porque vamos juntas! Anda lá!

Quando ouvi as palavras dela fiquei um pouco mais alegrada. Ela puxou me pela mão e nós entramos no autocarro e sentamos-nos juntas. Passado algum tempo da viagem a Cry Baby começou a ficar enjoada. E para piorar mandaram-lhe um aviãozinho de papel. Para ela não vomitar eu li o papel por ela para depois lhe dizer o que estava escrito, ou não. O papel dizia "vaca de dentes separados", claro que eu não lhe ia dizer isso, mas tinha de fazer alguma coisa. Virei-me para trás e fiz frente ao rapaz que mandou o avião, que maduro, nem me respondeu. Mas enquanto me virava a Cry Baby apanhou o papel e leu-o. Ela ficou muito triste, tal como eu queria evitar, e para piorar ainda mais a situação as miúdas populares começaram a gozar com o aspeto físico dela até que começou toda a gente a gozar com o nome dela e a fingir que choravam e o motorista não fazia nada.  Eu não tinha como fazer frente a tanta gente então tive que limitar-me a aconselhá-la a não lhes dar ouvidos. Quando se fartaram de a tratar mal começaram os comportamentos retrógrados, começaram a fumar, mostrar o rabo; fazer draminhas pelos namorados e até outras coisas mais gráficas, no autocarro! Felizmente não durou muito, descobri que a Cry Baby tem poderes, assim como eu, quando vi os seus olhos ficarem pretos seguido do cigarro do motorista a ser lançado da sua boca para o chão. Até que o autorcarro começou a andar de um lado para o outro. Como é que o motorista não sabe conduzir? O autocarro caiu dentro de água.
   Eu não fiquei muito assustada, afinal de contas tenho poderes! Ajudei a Cry Baby a lembrar-se disso e juntas levantámos o autocarro até ao céu. Gostava de ficar lá mas, tínhamos de ir para a escola. Descemos o autorcarro, descemos do autocarro e o motorista continuava a olhar para os nossos rabos, então demos-lhe uma sugestão do que fazer com a sua vida - "FUCK" "YOU".
   O K-12 embora bonito era enorme e imponente. Vão ser uns anos interessantes aqui!
Nós entramos, era frio e dava para sentir um arrepio a subir pelas costas, felizmente eu assim como a minha nova amiga adoramos coisas assustadoras por isso nenhuma de nós fez xixi pelas pernas abaixo quando vimos um fantasma, embora o meu coração se tenha acelerado.

Angelita's DiaryWhere stories live. Discover now