PRÓLOGO

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E aqui começamos mais uma jornada, maravilhosas! Mais curta, porém não menos intensa :) 

O Livro III da série Enigmas, Inevitável Dilema, não foi esquecido, só deu uma licencinha para esta noveleta passar hehe

Muito obrigada,  novamente, por entrarem nessa comigo. Espero que gostem, comentem, divulguem, compartilhem, e me marquem sempre, porque isso ajuda bastante :)

Lembrem-se: as postagens serão nas segundas, quartas e sextas (podendo ter em mais dias da semana, caso os desafios que faremos sejam cumpridos). A ideia é finalizar por aqui no dia 27.11, mas será publicado na Amazon antes (Talvez 18.11. Vou passando para vocês qdo tiver certeza). Por isso, chamem a mulherada que só lê por aqui!

Um beijo grande, meninas, e tenham um ótimo início de semana.

Amo tus!


― Paulinha, vai dar tudo certo! Em alguns anos eu vou me formar na faculdade de medicina e você de moda, seremos bem-sucedidos, vamos dar a tão sonhada volta na Ilha Grande e teremos nossa própria pousada por lá

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― Paulinha, vai dar tudo certo! Em alguns anos eu vou me formar na faculdade de medicina e você de moda, seremos bem-sucedidos, vamos dar a tão sonhada volta na Ilha Grande e teremos nossa própria pousada por lá...

― Maurício, às vezes eu acho que você vive no mundo da lua... Como pode programar toda sua vida assim? Tem coisas que a gente não planeja, garoto!

― Eu prefiro programar do que viver perdido, sabe? Mas cada um é cada um...

― É... cada um é de um jeito. Eu já acho que a vida é repleta de surpresas e tudo pode mudar em um segundo, por isso prefiro viver o momento ― retruquei.

― Você não está errada, Paula, acho que todos temos nossas verdades e metas, porém uns seguem à risca outros preferem esperar o universo se encarregar de tudo.

― Nossa, esse papo está bem louco... Mudando de assunto, quando você viaja? ― perguntei e segurei o ar enquanto aguardava sua resposta.

― Daqui a dois dias.

― Uau. Nem acredito que o meu parceiro do crime vai embora...

O choro tentou romper as barreiras que fui erguendo desde que eu soube que meu melhor amigo ia se mudar para o Rio de Janeiro. Estudamos juntos dos 7 até os 17 anos de idade em um colégio particular tradicional aqui de Angra dos Reis e assim que nos formamos ele decidiu seguir o seu sonho. Íamos nos separar pela primeira vez.

Maurício queria fazer medicina, para isto seus pais decidiram investir pesado, matriculando-o em um cursinho pré-vestibular especializado na área fora da cidade.

A saúde em Angra nunca foi das melhores e ele queria fazer a diferença... Um sonhador. Um sonhador lindo e incrível...

― Eu não vou embora, Paula. O Rio fica a menos de três horas daqui e vez ou outra virei para casa visitar meus pais, você...

― Mas não é a mesma coisa, Maurício. A partir de agora você vai ser um garoto da cidade grande e esquecerá que Angra dos Reis existe. É sempre assim...

― Ah, para de falar besteira, garota. Eu nunca vou esquecer da minha melhor amiga! Está entendendo? ― ele perguntou, segurando meus ombros, fazendo com que eu olhasse para o seu rosto.

Encarei seus olhos azuis, os cabelos castanhos propositalmente despenteados e respondi com a voz embargada:

― Sim, entendi.

Ele colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha e me observou por mais tempo que o normal. Parecia querer falar algo mais...

Maurício, chegamos!

O grito de sua mãe interrompeu o momento de estranheza e voltamos à realidade. Querendo fugir o mais rápido possível, peguei minha mochila do chão do seu quarto e disse que ia para a minha casa, que ficava no mesmo condomínio. Ele não me impediu e segui correndo, passando por seus pais como um jato. Eles já estavam acostumados com a minha presença por lá então apenas disseram um uníssono:

― Tchau, Paulinha.

Assim que entrei no meu quarto, ainda esbaforida, dei graças a Deus por não ter ninguém em casa. Desabei no chão, em frente ao espelho, e comecei a chorar sem qualquer controle. Chorei porque eu não sabia o que fazer da minha vida sem ter o meu melhor amigo ao meu lado. Chorei porque ele teria uma nova vida em uma cidade que tinha tanto para oferecer e eu ficaria para trás. Chorei porque eu sabia que as coisas nunca mais seriam as mesmas. Chorei, sobretudo, pelo amor que eu sentia.

Quando a gente cresce tudo muda. Eu esperava que o sentimento que mantinha em segredo também mudasse porque eu não aguentaria conviver a vida toda com aquele aperto no peito por saber que nunca poderia ter o amor do meu melhor amigo. O garoto que não tinha ideia que era o dono do meu coração e dos meus sonhos.

Tão clichê... Tão previsível... E lá estava eu, tão apaixonada.

Eu nunca seria burra de confessar o que eu sentia. E correr o risco de perder sua amizade? Não mesmo! O jeito era continuar jogando terra naquele sentimento, enterrando-o ao máximo e me distraindo com outros garotos. Quem sabe um dia aquele sentimento não fosse embora?

Ah, se a vida seguisse nossas regras, seria bem mais fácil...

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Centro da cidade de Angra dos Reis. Uma das cidades mais antigas do Brasil, com 517 anos.

Playlist disponível no Spotify!

Meu Melhor Amigo | I - [NA AMAZON]Where stories live. Discover now