BEM VINDA AO INFERNO

Capítulo 23: O Beijo

Se o amor é uma fantasia. Eu me encontro em um pleno carnaval.

- Eu estou surtando Sophia-disse ela -Como eu posso dormir tranquila com tudo que está acontecendo e já aconteceu? É segredos de aluna morta, é diretores loucos querendo nos drogar pra fazer alguma coisa, são pessoas com segredos e mais segredos. Eu estou surtando, eu não sinto avontade andando pelo colégio sabendo que a qualquer momento, alguém pode me trancar numa sala e me drogar, e fazer sabe o que lá Deus. Ou até mesmo ser a próxima vítima de um assassinato!

-Se acalme, isso realmente é estressante. Olha, vamos agir normalmente, como alunos normais, como a rotina de antes, e ver uma forma de dizer tudo aos nossos pais e sair daqui.

-Nem nos nossos pais eu sinto que posso confiar. -Diz Lee.

O meu telefone toca.

-Preciso ir Lee, mais tarde a gente conversa. Beijos.

Maylee me dá um tchau, e eu vou para o meu dormitório.

Eu: Margot!

Margot: Minha menina! Graças a Deus.

Eu: Margot, sua voz está estranha.

Margot: Minha menina, precisamos conversar sério, de algo que eu descobri.

Eu: Conte-me , porque a voz está tão aflita?

Margot: Estou tão nervosa, não posso acreditar. Olha minha garota, quando eu for aí eu te conto tudo.

Eu: Margot não...

A ligação cai.

Jogo o celular na cama. Que ódio. Me deito naquela cama macia. Fico olhando para o teto.

- Mamãe! Acorda! Você precisa sair daí- Falo chorando- Mãe! Por favor! Socorro - Digo batendo no vidro da janela.

-Sophia... Saia daqui...

-Mãe fica comigo.

Balanço a cabeça me levantando da cama. Pego a caixa de baixo da cama, que a Margot tinha trazido pra mim aquele dia.

Os meus olhos começam a latejar.

- Me desculpa mãe... Eu devia ter te tirado daquele incêndio - Digo já chorando, enquanto passava a minha mão pela linda caixa - Se eu pudesse voltar no passado, eu juro que faria de tudo, pra tirar você de lá. - Eu falo enquanto abria a caixa e via várias fotos dela- Mãe... - Cochicho chorando.

- Ela era linda.

Levo um susto deixando todas as minhas coisas caírem no chão.

Bryan.

- O que você está fazendo aqui? -Pergunto pegando todas as minhas coisas do chão.

- Sophia, eu só vim ver como você...

-Quem disse que era pra você entrar aqui? Caralho.

-Sua mãe faleceu? - Perguntou ele.

Eu olhei pra ele séria.

-Sim! Algum problema? Não sou você que tem uma família perfeita e pais juntos.

- Cala a boca. Você não sabe o que fala.

-Saí do meu quarto Bryan! - Digo deixando as lágrimas ficarem forte.

Ele se aproxima de mim, porém eu tento me afastar, Bryan me da um abraço.

- Eu sei o quanto deve ser difícil pra você. Eu ainda te odeio. Mas eu quero te abraçar. - Diz ele me prendendo forte em seu abraço quente.

Me mantenho quieta e o abraço.

- Eu sinto falta dela. - Digo o abraçando. Sinto as suas mãos nos meus cabelos.

- Vai ficar tudo bem. - Diz Bryan me olhando agora. Os seu olhar, ele todo, estava me acalmando. Isso era uma sensação boa.

Ele começa a roçar o seu nariz ao meu.

-Bryan...

Sinto a sua boca macia, grudar nas minhas, levemente. Ele coloca o meu cabelo atrás da orelha.

O segundo beijo.

Esse seria o segundo beijo.

Passo as minhas mãos em seus cabelos, enquanto nos beijamos lentamente em sincrônia.

Não vou me perguntar o porque de eu estar fazendo isso. Eu sabia que odiava ele. Mas eu também sabia que era o ao contrário de "odiar".

Beijo a sua boca com vontade, quando vejo a porta sendo aberta com força.

-QUE MERDA É ESSA?

Bianca.

Como uma cena clichê, sempre tem que ter uma vadia pra atrapalhar o casal principal.

Bianca vem correndo em minha direção. Ela me dá um tapa na cara, e um puxão de cabelo.

-SUA MALUCA! O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? - Grito.

Dou um chute na sua barriga. Fazendo a cacheada nojenta cair no chão.

-Meninas parem de brigar! - Grita Bryan.

-Você está roubando tudo de mim aos poucos! - Diz Bianca enfurecida - O Diogo me contou que Bryan estaria aqui quando eu fui procura-lo.

Bryan coloca a mão no rosto.

- O que você quer Bianca?

-Falar com você. - Diz ela.

- Depois resolvemos isso - Diz Bryan.

Bianca volta a me encarar com as mãos no estômago, ela parte pra cima de mim e eu faço o mesmo.

-GAROTAS!