Acaso

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gente me desculpa mas eu amo ver o minhyuk e a soyou juntos :)


— Changgie!

A voz de Minhyuk ecoou pelo jardim da universidade fazendo vários alunos pararem seus trajetos para as salas apenas para observar o garoto de cabelos negros arrepiados correndo em direção ao amigo.

— Como você consegue ser tão animado pela manhã? — Changkyun perguntou coçando os olhos.

— Não sou eu que sou animado, você que é um poço de preguiça! Só se empolga quando vê um certo par de covinhas — brincou, fazendo o amigo rir sem graça — Mas não é sobre isso que eu quero falar — o moreno fez uma pausa dramática — Eu acho que estou apaixonado.

— Não me diga que resolveu admitir que todo o ódio que sente pela general é, na verdade, um amor enrustido?

— Quê? — fez uma careta desgostosa — De onde você tirou essa loucura? Como se alguém fosse capaz de suportar aquele demônio! — o Lee revirou os olhos, arrancando uma risada rouca do Im.

— Ela é a única garota com quem você convive ultimamente, Min. Isso significa que você está sonhando acordado com personagem de anime de novo.

— Deixa meus animes em paz! Nem sei porque eu me presto ao papel de vir aqui contar alguma coisa para você, grande amigo esse! — cruzou os braços inconformado.

— Por que eu só eu aguento sua energia, meu raio de sol irritante! — sorriu irônico — Quem é ela? — foi a vez de Minhyuk sorrir sem graça.

— Aí é que tá... eu não sei, mas ela tem o cabelo mais bonito da face da terra — o mais baixo arregalou os olhos e apertou os lábios.

— Cabelo? Explica isso direito, Minhyuk. — berrou indignado e o garoto coçou a nuca envergonhado.

"Minhyuk virou o corpo na cama, sentindo o tecido do colchão sumir e ser substituído pelo baque frio da cerâmica do quarto. O rapaz sentou-se no chão massageando a testa enquanto tentava despertar.

Que horas são?

Tateou em cima da mesa de cabeceira até alcançar o celular e soltou um palavrão, faltavam cinco minutos para seu ônibus passar. Foi aos tropeços em direção ao banheiro, escovando os dentes ao mesmo tempo em que lavava o rosto. Pegou uma calça qualquer pendurada na cadeira e uma camiseta que ainda não estava com cheiro duvidoso para vestir. Correu até a cozinha, pegou uma maçã e a enfiou na boca enquanto guardava os livros dentro na mochila. Por fim, enfiou os pés em seus all star desgastados e trancou a porta, correndo até a esquina a tempo de ver o último passageiro da fila embarcar em seu ônibus.

Quando enfim conseguiu sentar nos fundos do ônibus, sentiu os pedaços da maçã recém engolida descerem como fogo em sua garganta – não havia mastigado direito – e fechou os olhos, tentando regular a respiração. Odiava sair atrasado de casa! Não eram nem oito da manhã e já estava todo suado. Assim que se sentiu melhor, se abaixou para terminar de amarrar os tênis, quando sentiu a cabeça bater com força no banco da frente devido à freada seca que o motorista deu. Minhyuk respirou fundo, tentando não se enraivecer e ergueu a cabeça para dar uma encarada feia no motorista, mas quando o fez, sentiu a fala morrer.

Ao lado do motorista havia uma jovem com uma bolsa jeans de lado. Ela estava de costas para si, conversando animadamente com o motorista. Possuía os cabelos ruivos presos em um coque. O rapaz observou quando a jovem puxou um grampo do cabelo e os cabelos se moveram vagarosamente desfazendo a forma de coque, caindo graciosamente pelas suas costas. Os fios eram ondulados, em um tom ruivo escuro quase beirando o vinho e se aproximavam do meio das costas.

Serendipidade - Série O Conto dos Seres CelestiaisWhere stories live. Discover now