Capítulo 9

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Boa tarde malévolas lindas ! Chegando no finalzinho das postagens dessa semana já. preparem o coração... já aviso de antemão kkkkkkkkkkk

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Capítulo 9

Antes...

PEDRO

Nossa primeira noite em casa depois do acidente foi silenciosa, assim como os dias que vieram a seguir. Pesados e carregados de tristeza. Vanessa adormeceu exaurida de tanto chorar, encolhida eu a vi dormir agarrada ao travesseiro de Emília, sentindo o cheiro dela. Quis me acomodar ao lado dela, mas nós dois juntos não caberíamos na pequena cama infantil.

Fiquei sentado perto durante algum tempo, no escuro iluminado apenas pelas borboletas lançadas pela luminária ao lado da cama.

Com cuidado me escorei na cabeceira e fechei os tentando não fazer muito barulho para não a acordar. Minha perna estava latejando. Eu sentia a coxa ardendo. Os remédios já deviam estar perdendo o efeito. Passei mão sobre a parte enfaixada e apertei. A fisgada de dor me tirou o ar e eu esperei que a dor fosse o suficiente para me fazer desmaiar. Eu sentia raiva de mim. Raiva pela maldita perna ter me mantido preso entre as ferragens enquanto a minha menininha precisava de mim.

Soltei a perna quando as lágrimas e o suor frio começaram a descer por meu rosto. Do andar de baixo vinha o som do alarme do celular alertando sobre a hora de tomar os medicamentos.

Num primeiro momento eu não quis descer para tomar os comprimidos para amenizar a minha dor, eu queria sentir tudo. Eu merecia sentir muito mais. Porque toda aquela dor não era nem uma fagulha do sentimento que me corroía por dentro. Saber que eu não acordaria do pesadelo, saber que não veria minha bonequinha de novo era o pior de tudo.

Eu precisava da dor, porque aquele sentimento ruim era a única coisa que provava que eu ainda estava vivo.

Eu me levantei mancando e devagar saí do quarto, tendo cuidado para não a acordar. Sabia que se ela despertasse ia começar a chorar de novo.

Depois alguns minutos finalmente consegui chegar até o celular. Desativei o alarme.

Olhei para os frascos de comprimidos e não pude evitar de pensar. Será que Emi sentiu dor?

Meu celular tocou outra vez, mas agora não era o alarme e sim Pâmela.

— Oi Pedro. Tomou o remédio?

Com dificuldade sento no sofá.

—Estou fazendo isso agora. — Minto sem mover nenhum músculo.

— Amanhã vou pedir para o Caio passar aí e deixar algumas marmitas com o almoço.

— Tudo bem. — Digo sem ânimo e encerro a ligação.

Desligo o celular e o deixo cair para o lado. Fecho os olhos deixando que a dor me devore.

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