CAPÍTULO 27 -VELHOS TEMPOS

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MIA

Dylan tinha saído um pouco mais tarde que o habitual, era quase hora do almoço. Eu havia levantado e tomado café com ele, não era dia de aulas então como ainda era muito cedo para meu relógio biológico, então voltei para cama, e sua fui acordada com a sua voz dizendo:

— Eu já vou indo Mia, pedi comida para você. A entrega é de meia hora à quarenta minutos.

Apenas escutei o que ele disse e o som da porta se fechando. Acabei pegando no sono novamente. Só acordei com o som do interfone e tive a confirmação que era minha comida, quando atendi e o porteiro disse que já havia chegado.

Com preguiça de descer, gentilmente eu pedi que ele trouxesse para mim.

Dylan tinha escolhido massa, em grande quantidade. Apesar de estar com a consciência pesada por estar comendo desenfreadamente e só não está sedentária por conta do balé e do sexo, que eu fazia com certa frequência, comi tudo enquanto assistia televisão, ainda repensando sobre o meu motivo da consciência pesada.

Fiquei um bom tempo apenas pensando e sem tomar iniciativa, já era quase quatro horas da tarde quando eu resolvi, fazer uma breve caminhada. Me preparei como pude, com as roupas que eu tinha para ginásticas e em minutos eu já estava preparada para uma maratona.

Desci pelo elevador privativo da cobertura. Comprimentei o porteiro, e segui para a rua. Resolvi que para uma primeira vez, a volta no quarteirão seria uma boa. Comecei com um caminhar e com o tempo fui avançando, com quinze minutos eu já estava quase correndo, faltava pouco.

Então aumentei o passo e com meia hora eu já estava morta. Minha panturrilha doía, senti uma pontadas na barriga e ofeguei com nunca. Levei isso com m sinal e me sentei em um banco próximo.

Bebi toda minha garrafinha que eu tinha levado, e quando vi, eu tinha ficado meia hora no banco. Resolvi não arriscar na hora da volta e fui andando até meu prédio. Ainda ofegava um pouco quando entrei na cobertura duplex de Dylan.

Deitei no sofá, muito arrependida de tê-lo deixado.

Só reparei que tinha deixado o celular no apartamento quando ouvi a música que eu tinha escolhido com toque para chamadas. Estendi a mão e peguei o aparelho em cima da mesa de centro. Ele tinha parado de tocar, então vi duas chamadas perdidas de Dylan e uma mensagem da minha mãe.

Fui para mensagem, por ser mais rápido.

Você foi convidada para o jantar de negócios da empresa Trell? Eram essas as palavras escrita pela minha mãe.

Eu estava digitando um não, quando a chamada de Dylan apareceu na tela. Atendi.

— Arrume-se, temos um jantar às nove horas da noite. — ele já foi logo dizendo.

Choraminguei.

— Dylan, vá sozinho, não estou bem para isso.

— Preciso da sua companhia Mia, ficaremos pouco tempo. Sua mãe também estará lá. Pego você às oito e meia.

Senti vontade de chorar, ele agia como se fosse meu pai.

— Tudo bem. — foi o que fui capaz de dizer.

Assim que ele desligou, respondi minha mãe, agora com um sim.

*

Realmente, às oito e trinta, Dylan parou o carro ao meu lado, em frente ao prédio que vivíamos. Entrei no carro de forma desajeitada, por conta do vestido um pouco mais curto que o normal.

— Você está um tesão com essa roupa Mia.

Fiquei automaticamente sem graça, mas confesso que um pouco agraciada. Coloquei a bolsa em cima das minhas pernas.

Dylan também estava bonito, quer dizer, sempre ele estava bonito, mas hoje, ele estava lindo. Não sabia como ele se arrumou, estava diferente de quando tinha saído de casa, com outro terno e sem a gravata, os cabelos escuros jogados para trás e os olhos verdes escuros brilhando enquanto olhava para minhas pernas. Além de cheiroso, só senti o cheiro de seu perfume, e seu hálito de menta, nem um sinal de cigarro.

— Você também está bonito Dylan. — minha voz atraiu seu olhar para meus olhos.

— Eu tenho uma forma muito boa de te agradecer esse elogio. — ele sorriu claramente com segunda intenções.

Ignorei seu comentário, sem dar chances de mais respostas espertinhas e desnecessárias.

Ele dirigiu rápido, muito rápido. Agradeci pelo cinto de segurança. Chegamos ao local do jantar dos Trell, e como dá primeira vez que saímos juntos para algum jantar, tinha vários paparazzi no lado de fora da festa esperando para atacar nos com seus flashes.

Eles tiraram algumas fotos nossas, e rapidamente já estávamos dentro do evento. Dylan conhecia muitas pessoas, e diferente da ultima vez não me largou assim que viu o pai.

Andamos para todos os lados comprimentando quem ele conhecia. Todos aparentemente insignificantes, menos um, ao qual Dylan mostrou toda afetuosidade e parceria.

一 Mia, esse é Kennedy Trell. Kennedy essa é minha esposa. 一 confesso que estranhei, o termo usado para mim. Mas, apesar de tudo, o nosso acordo era algo restrito.

Era uma rodinha de homens, todos de smoking, e conversando como se aquilo fosse habitual para todos.

一 É uma bela esposa Dylan.

Sorri para ele.

Infelizmente, percebi que Lucy estava a pouca distância, acompanhada de um homem mais velho, sem tirar os olhos de nós, não gostava dela e não esconderia de ninguém.

Resolvi ignorá-la.

Fiquei junto a eles por pouco tempo, pois vi minha mãe acenando ao longe. Pedi licença, Dylan me olhou como perguntando com os olhos para onde eu iria, mostrei minha mãe.

Caminhei até ela um pouco distraída com a decoração do local, quando trombei em um homem. Estava pronta para pedir desculpas e voltar o meu caminho, quando olhei para seu rosto.

Johnata, meu ex-namoradinho. 

Casamento de um CafajesteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora