— Ok! - Ela finalmente responde. — Mas não vamos demorar.

— Eu prometo. - Taylor responde com um sorriso largo antes de dar partida no carro.

Amy permanece calada enquanto Taylor dirige, seus pensamentos estão acelerados, ela não é o tipo de garota que conhece os pais dos namorados e com certeza não é o tipo de garota que os pais gostariam de conhecer. A medida que eles avançam o caminho Amy estranha por Taylor não estar indo em direção ao subúrbio da cidade, ele está indo para a zona norte da cidade, é um bairro de classe baixa próximo à periferia. Taylor dirige por mais alguns minutos antes de estacionar em frente à uma casa pequena e simples.

— Seus pais moram aqui? - Amy pergunta confusa.

— Sim. Eu tentei fazer com que eles se mudassem para uma casa mais confortável, mas eles não quiseram.

A casa tem apenas um andar, as paredes do lado de fora são azuis e as janelas e a porta são brancas. A pequena varanda na frente da casa parece aconchegante com duas cadeiras de balanço na frente.

— Você cresceu aqui? - Amy pergunta descendo do carro.

— Cresci.

— Então você nem sempre foi um riquinho esnobe? - Amy pergunta sarcasticamente.

Antes que eles cheguem até a porta ela se abre e uma mulher sai de dentro da casa. Ela é mais baixa do que Amy esperava, tem os cabelos loiros como o de Taylor, olhos grandes e castanhos e está usando um vestido muito simples, daqueles que as mulheres da sociedade jamais usariam. Logo atrás dela está um homem alto e esguio, cabelos quase totalmente brancos e com feições que lembram muito as de Taylor. Os dois estão com um sorriso enorme estampado no rosto.

— Até que enfim você veio ver sua mãe. - A mulher diz dando um abraço caloroso em Taylor.

— Me desculpe mãe, estive muito atarefado. - Taylor responde.

— Atarefado para sua família? Isso não é nada bom. - A mulher diz em tom de reprovação.

— Deixa o menino Diana. - O homem fala antes de abraçar o filho.

— E quem é essa menina linda? - Diana pergunta já puxando Amy para um abraço.

— Essa é Amy, uma amiga. - Taylor fala. — Amy esses são meus pais, Diana e Walker.

— É um prazer conhecê-los. - Amy responde tímida.

— O prazer é nosso querida. - Diana fala com um sorriso. — Vamos entrando crianças, fiz um jantar delicioso.

— Não ficaremos para o jantar. - Taylor diz quando todos estão dentro da casa.

— Como assim não ficarão para o jantar? Se passam meses que eu não vejo o meu filho e ele aparece para fazer uma visita de médico? - Diana parece irritada.

— Não é isso mãe. - Taylor se aproxima da mãe e a beija na testa. — É que temos que resolver algumas coisas e além disso eu disse pelo telefone que eu não iria demorar.

— Na verdade eu estou com um pouco de fome. - Não é do feitio de Amy se oferecer para uma situação dessas, mas ela está curiosa para conhecer um pouco mais sobre aquelas pessoas.

— Que maravilhosa! Vou colocar a mesa. - Diana diz radiante já indo para a cozinha.

— Você não precisa fazer isso. - Taylor diz em seu ouvido.

— Eu sei... Mas eu quero. - Amy tenta ignorar a cara de espanto que Taylor faz. — Vou ver se sua mãe quer ajuda.

— Tá bom. - Taylor diz ainda desconfiado.

Amy entra na cozinha que parece ter saído de um filme dos anos 70, com balcões de madeira e cortinas floridas.

— Você quer ajuda para por a mesa? - Amy pergunta para Diana que parece se surpreender tanto quanto Taylor.

— Sim, seria ótimo querida. - Diana diz com um sorriso simpático.

Amy ajuda Diana a levar os pratos, copos e os talheres para a mesa de jantar. Pela casa Amy pode ver algumas fotos espalhadas em porta retratos de três crianças, três meninos loiros e um deles com certeza é Taylor que ela reconhece pelo sorriso que continua o mesmo.

— Sua casa é adorável Diana. - Amy diz com. Sinceridade, a casa é pequena e simples, mas muito aconchegante.

— Obrigada querida. Você acredita que Taylor já tentou fazer varias vezes com que vendêssemos essa casa e nos mudássemos para o subúrbio? - Diana fala com indignação. — Como se pudéssemos jogar fora todas as lembranças que construímos aqui só para dizer que moramos no subúrbio, eu não preciso ir pra subúrbio nenhum, adoro esse bairro.

— E porque ele quer tanto que se mudem?

— Michelle, a ex esposa do Taylor, não se sentia bem em ter sogros que morem em um
Bairro pobre.

— Michelle é uma vadia idiota. - Amy fala num impulso e logo se cala arrependida de ter dito aquilo. - Me desculpa pelo palavrão... Saiu sem querer!

— Tudo bem... - Diana a tranquiliza. — Ela é uma vadia idiota. - Amy apenas sorri diante da atitude inesperada de Diana.

O jantar estava delicioso, Diana é uma cozinheira de mão cheia e apesar do receio Amy conseguiu se sentir completamente relaxada na casa dos pais de Taylor. Durante o jantar Diana e Walker contaram muitas histórias engraçadas sobre as peraltices de Taylor na infância, Walker contou que trabalhava em dois empregos para poder juntar dinheiro para pagar a faculdade dos filhos e demonstraram o quanto sentem orgulho do filho. Amy nunca havia visto uma família como aquela, eles realmente se amam e são felizes, parece aquelas famílias que ela acreditava só existir em filmes, muito diferente da dela. Ela olha para Diana e Walker juntos e consegue perceber o quanto são apaixonados, eles trocam olhares, se tocam com frequência e um termina a frase do outro como se estivessem conectados. Amy começa a entender o porque de Taylor ter fixação em casar e construir uma família, ele quer ter uma família feliz como a que ele teve, se ela tivesse crescido numa família como essa também iria sonhar em ter uma assim.

— Obrigada por virem Amy. - Diana diz quando Amy já estava se despedindo.

— Eu que agradeço, o jantar estava delicioso.

— Eu nem me lembro qual foi a última vez que Taylor jantou aqui em casa. Normalmente ele vinha rápido porque precisava ir a um jantar importante com a Michelle. - Toda vez que Amy escuta o nome da Michelle e como ela é mesquinha, ela tem vontade de dar uma surra nela e outra em Taylor por ter aturado ela por tanto tempo.

— Isso porque seu filho é um bobo, eu não dispensaria um jantar como esse por nenhum outro.

— Você é um amor. - Diana da um abraço apertado em Amy e apesar de não se sentir à vontade com essas demonstrações de afeto Amy retribui o abraço.

Diana e Walker fazem questão de levá-los até o carro, os pais de Taylor são pessoas simples e calorosas. E Amy se pergunta porque Taylor quis tanto sair daquele bairro onde foi tão feliz? Provavelmente porque ele não fazia ideia de que os ricos em geral são as piores pessoas do mundo.

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Amy conheceu um pouquinho mais do passado de Taylor.

E podemos perceber o contraste entre a vida de Taylor e de Amy.

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Lembrando que toda a sexta tem capitulo novo.

PS: Não me ameWhere stories live. Discover now